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Mortes por doenças respiratórias crescem e geram alerta na região

Da Redação

| Edição de 03 de junho de 2024 | Atualizado em 03 de junho de 2024
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A chegada do inverno acende alerta por conta do aumento das doenças respiratórias. Pesquisa mostra, entretanto, que antes mesmo do frio chegar, a região vem enfrentando um aumento no número de óbitos decorrentes de doenças do quadro respiratório. Entre janeiro e abril, foram 146 mortes registradas na área da 16ª Regional de Saúde, uma média de 36,5 óbitos por mês. Em todo ano passado, foram 315 mortes, média mensal de 26,2. 

Dos 17 municípios da área de abrangência da 17ª RS, o maior número de mortes ocorreu em Apucarana que no primeiro quadrimestre deste ano teve 55 óbitos, seguido por Arapongas com 36 e Jandaia do Sul 10. Entre as doenças respiratórias que mais matam está a pneumonia. A doença foi a causa da morte de uma bebê de 1 ano e 10 meses, moradora de Arapongas. Maria Helena Alves Mercúrio, estava internada no Hospital Evangélico, em Londrina, onde passou dois dias hospitalizada, vindo a falecer no último sábado por complicações da doença. 

Outras doenças respiratórias que podem apresentar complicações potencialmente graves para os pacientes são bronquites, bronquiolites, gripes, rinite, sinusite e novo coronavírus. Algumas são causadas pela circulação de vírus, como o sincicial que causa quadros respiratórios em todas as faixas etárias, sendo mais comum e mais grave em bebês e crianças. Outros vírus prevalentes durante o inverno são o H1N1 e Covid-19.

Chefe da 16ª RS, Marcos Costa, pede que a população adote medidas preventivas, pois o período mais crítico ainda está por vir. “As pessoas precisam evitar locais fechados, lavar as mãos, fazer uso de álcool 70. Em caso de sintomas, a orientação é consultar um médico para evitar que a doença se agrave. Essas doenças atacam as vias respiratórias e podem levar a óbito”, alerta. 

Além desses cuidados, a vacinação contra a gripe e Covid-19, por exemplo, torna-se um importante escudo na defesa do organismo, contribuindo para a redução das complicações, internações e ainda da mortalidade decorrente das infecções pelo vírus influenza na população. A vacinação também contribui para a redução da circulação viral na população, protegendo especialmente os indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco.

Sesa recomenta manutenção da vacinação contra gripe

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) orienta os municípios para que continuem com as ações de imunização dentro da Campanha de Vacinação Contra a Influenza, mesmo após o fim do prazo oficial do Ministério da Saúde, que terminou na sexta-feira (31). A imunização está aberta para o público em geral, a partir dos seis meses de idade.

A recomendação segue o Ofício Circular nº 169/2024 da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde e será oficializada por meio de memorando enviado pela Sesa nesta segunda-feira (3) para as 22 Regionais de Saúde. O documento reforça que o sistema de informação oficial para inserção das doses aplicadas permanecerá aberto até janeiro de 2025.

A Sesa recomenda a utilização integral das doses em estoque nos 399 municípios paranaenses, considerando a baixa adesão da vacina durante o período da Campanha Nacional e também para prevenção de agravamento dos casos de Síndromes Gripais (SG) e Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAGs).

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Segundo o Ministério da Saúde, 4.387.469 pessoas elencadas como público-alvo deveriam receber a vacina no Estado este ano. Até agora, o Paraná recebeu 4.084.000 doses e aplicou 1.965.501 vacinas. Mesmo com baixa adesão, o Estado é o 5º com o maior número de doses aplicadas, atrás do Rio Grande do Sul (2.236.764 doses aplicadas), Rio de Janeiro (2.390.394), Minas Gerais (3.911.867) e São Paulo (7.211.612).

Dentro da estimativa do governo federal, de acordo com os dados do Vacinômetro Nacional, o Paraná atingiu até agora 38,01% de cobertura vacinal. No Brasil, 30,8 milhões de doses foram aplicadas, sendo que a população alvo é de 75,8 milhões. A cobertura até o momento é de 37,49% no país.

Dentro dos grupos considerados prioritários para a vacinação, o público de povos indígenas vivendo em suas terras atingiu o maior índice de cobertura vacinal no Paraná, com 62,17%, seguido pelos idosos com 40,85%, crianças com 32,23%, gestantes com 25,89% e puérperas 18,10%.

Os municípios com maior número de doses aplicadas são: Curitiba (192.221 vacinas), Londrina (93.790), Maringá (87.126), Cascavel (59.457), Ponta Grossa (52.198), São José dos Pinhais (44.939), Foz do Iguaçu (38.769), Colombo (33.113), Araucária (30.381) e Apucarana (26.911).