O Museu de Arte e História de Arapongas (Mahra) foi desativado por tempo indeterminado enquanto aguarda uma nova sede. Enquanto o novo local não é definido, o acervo permanece guardado no prédio do antigo Sesi.
Embora tenha sido oficialmente desativado no fim de setembro, com anúncio nas redes sociais do museu, o Mahra já não recebe visitação da população desde maio deste ano. Gerente da instituição, a historiadora Camila Ribeiro conta que o antigo Paço Municipal, local onde funcionava o museu, foi desocupado para abrigar a Secretaria Municipal de Educação.
“Nesse ano o museu quase não ficou aberto. Começamos a embalar o acevo em fevereiro e no final de junho começamos a levar para o antigo Sesi”, comenta.
De acordo com ela, não há data para reativar o museu uma vez que a Secretaria Municipal da Cultura não deu prazo e nem confirmou o local que vai abrigar o acervo. A princípio, segundo a gerente, o local escolhido seria um prédio histórico ao lado da antiga estação ferroviária.
A mudança do acervo para outro local resultou, indiretamente, na perda de todo o acervo digital. A historiadora conta que o notebook - com todos os arquivos digitalizados e a catalogação dos objetos doados ao museu – foi furtado há aproximadamente um mês. De acordo com ela, o equipamento estava guardado no escritório do Cine Mauá, para onde os quatro funcionários do Mahra foram remanejados.
“Perdemos todas as fotografias digitalizadas, vídeos de pioneiros, vídeos de exposições. Foram seis anos de trabalho perdidos naquela noite”, lamenta.
A historiadora planeja fazer uma campanha para tentar recuperar as informações perdidas. (CINDY SANTOS)