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PF cumpre mandados em ação contra descaminho em Arapongas

Da Redação

| Edição de 21 de novembro de 2023 | Atualizado em 21 de novembro de 2023
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A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã de ontem uma operação conjunta com a Receita Federal em três municípios do Paraná e um de São Paulo para combater um grupo criminoso que atua no descaminho de mercadorias e lavagem de dinheiro. Segundo a corporação, os principais alvos da Operação Simulação são de Arapongas, onde oito mandados foram cumpridos.

Policiais também cumpriram mandados em Londrina (4), Maringá (1) e São José do Rio Preto (1), municípios onde residem outras pessoas suspeitas de transacionar a compra ou transporte de mercadorias descaminhadas e também de atuarem como laranjas para movimentação de contas bancárias e compra de bens. Ninguém foi preso.

Durante a ação foram apreendidas mercadorias como vinhos e equipamentos eletrônicos de origem estrangeira. Doze veículos e uma moto aquática também foram apreendidos e levados para sede da PF em Londrina.

Em Arapongas, uma grande quantidade de produtos foi levada pelos agentes de endereço comercial na Rua Uirapuru, na área central da cidade.“Foi apreendida grande quantidade de mercadorias em Arapongas, embora os investigados usassem um pátio em Londrina para movimentação dessas mercadorias, fazendo o transbordo via ônibus para São Paulo e outras cidades”, informa o delegado da Polícia Federal, Joel Ciccotti.

Os suspeitos compravam mercadorias no Paraguai e Argentina e entravam por Foz do Iguaçu. O grupo estaria utilizando empresas de transporte rodoviário para trazer as mercadorias e também adotava manobras para eliminar ou reduzir as consequências de eventuais fiscalizações, especialmente a utilização de “laranjas de cotas”, ou seja, pessoas que viajariam até a região de fronteira apenas para assumir a propriedade de mercadorias eventualmente apreendidas. Essa simulação foi o que ensejou o nome da operação policial, conforme os agentes. 

Ainda segundo a PF, a importação ilícita causa um enorme impacto econômico para o erário e, também, para as empresas formalmente legalizadas que recolhem seus tributos. Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas, somadas, podem chegar a dezoito anos de prisão.