O delegado chefe da 17ª Subdivisão Policial, de Apucarana, Marcus Felipe Rocha, informou ontem que o foco das investigações policiais sobre o caso da morte ocorrida na casa do vereador Mauro Bertoli (DEM), neste domingo (20), dizem respeito agora à arma envolvida na ocorrência policial, uma pistola de calibre 9mm, registrada em nome do vereador.
Quanto ao inquérito policial que apura a morte de Reinaldo Roxo dos Santos, de 49 anos, morador de Sarandi e funcionário esporádico do vereador, a polícia já diz que não há dúvidas que a morte foi autoprovocada.
Em depoimento, Bertoli afirmou que foi a Sarandi, onde teria encontrado com Reginaldo em um posto de combustíveis e de lá retornaram a Apucarana. “De lá (Sarandi) para cá, essa pessoa viria apresentando como um quadro de esquizofrenia, considerando o relato do vereador. O homem teria relatado ao vereador que estaria sendo perseguido”, detalha.
Na tentativa de acalmá-lo, Bertoli teria proposto oferecer um café para quando chegassem em sua residência. Passou numa padaria e foi para casa. “Quando ele desceu do carro para deixar as coisas para o café, o vereador disse que ouviu um disparo, saiu e viu o que tinha acontecido”, relatou o delegado.
O incidente aconteceu por volta das 8h30 e foi filmado pelo sistema de segurança da residência. Reginaldo estava na caminhonete do vereador, estacionada dentro do imóvel, onde encontrou a arma. “A pistola estava dentro do carro. Está registrada em nome do vereador. Ele tem posse e frequenta clube de tiro”, informa o delegado. O vereador, entretanto, não tem porte de arma.
Reginaldo foi socorrido pelo Samu e encaminhado ao Hospital da Providência, onde morreu horas mais tarde.
Procurado pela reportagem, o vereador Mauro Bertoli disse que prefere aguardar o andamento do inquérito e se manifestar apenas quando solicitado pela autoridade policial.