Profissionais da enfermagem de Apucarana e Arapongas decidem na próxima terça-feira (20) se aderem à greve nacional convocada pelo sindicato da categoria em defesa do piso. A paralisação está prevista para acontecer no dia seguinte, quarta-feira (21).
O enfermeiro Claudio de Jesus da Silva Borges, de Apucarana, pretende participar da assembleia marcada para a próxima semana em Arapongas. Em conversa com outros colegas de profissão, ele conta que o desejo é de paralisar os serviços prestados, contudo o senso profissional fala mais alto em respeito aos pacientes que necessitam de atendimento. Borges, no entanto, admite que talvez essa medida seja necessária para que a reivindicação da categoria possa ser atendida. “Não queremos chegar a esse ponto, mas pode acontecer, porque a classe não está sendo ouvida”, comenta.
A presidente do Sindicato dos Empregados dos Estabelecimentos de Saúde de Apucarana e Região (SEESSA) Marli de Castro acredita que maior adesão deve ocorrer em Arapongas, onde a assembleia será realizada para consulta dos profissionais a respeito da greve nacional. Segundo ela, a reivindicação da categoria é que o Congresso Nacional aprove o projeto que cria uma fonte de recursos via Governo Federal para financiar o pagamento do piso nacional da enfermagem no setor público.
Na região, são aproximadamente 2,5 mil profissionais impactados pela decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, que suspendeu - de forma liminar - a lei que criou o piso salarial da enfermagem. O Supremo julga ação da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde) que afirma que medida vai afetar as contas de unidades particulares e o orçamento dos estados. Até o fechamento desta edição, a maioria dos votos dos ministros
(7x3) era para manter a suspensão da lei. (CINDY SANTOS)