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Projeto beneficia detentas em Apucarana

Da Redação

| Edição de 11 de dezembro de 2015 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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A Secretaria da Mulher e Assuntos da Família (Semaf) de Apucarana promoveu ontem, no auditório da subseção de Apucarana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o 2º Encontro de Direitos Humanos da Mulher. Durante o evento, foi lançado oficialmente o Projeto Reconstruindo Vidas, que já possui em andamento diversas ações junto às detentas do minipresídio. O encontro também contou com uma palestra sobre o tráfico de pessoas, apresentando os mecanismos de denúncia e de combate deste crime, considerado hediondo.

Imagem ilustrativa da imagem Projeto beneficia detentas em Apucarana

Conforme Denise Canesin Machado, o Projeto Reconstruindo Vidas foi lançado oficialmente durante o encontro, mas várias ações já estão sendo desenvolvidas no minipresídio há cerca de 3 meses. “Tivemos atividades relativas ao Outubro Rosa, com a coleta de preventivo e testes para HIV e hepatite. Já no mês de novembro, ocorreu a capacitação da Rede de Mulheres Solidárias e Protagonismo Feminino, além de um curso de maquiagem”, cita.

Uma das próximas ações será a implantação de uma horta que será cultivada pelas detentas. “Nas visitas que fizemos o que me chamou a atenção é que as mulheres não realizam nenhuma atividade e sequer têm direito ao banho de sol. Elas ficam 24 horas encarceradas, enquanto os homens têm, além do banho de sol, o futebol e o artesanato”, compara Denise.

O juiz Osvaldo Soares Neto destacou a iniciativa, que será desenvolvida em parceria com o Poder Judiciário e com o delegado José Aparecido Jacovós, diretor do minipresídio. “O banho de sol é uma das grandes reivindicações das detentas, que ficam recolhidas as 24 horas do dia nas celas. A intenção é construir uma horta em um espaço ocioso que existe lá, possibilitando a remissão. As detentas estão privadas da liberdade e não da dignidade”, ressalta o juiz.

Os principais objetivos do Projeto Reconstruindo Vidas são a ressocialização, proporcionar oportunidades de comercialização da produção e a implantação de um sistema de remissão da pena. Para 2016, já estão programadas outras ações, como a criação de uma rede de crocheteiras para comercialização no Espaço Mulher e proporcionar para as detentas o acesso à leitura.