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Reajuste nas mensalidades escolares deve chegar a 12%

Cindy Santos

| Edição de 11 de novembro de 2022 | Atualizado em 11 de novembro de 2022
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O fim do ano se aproxima e as escolas da rede privada começam a definir o reajuste no preço da mensalidade, que em 2023 deve chegar até 12% na região, conforme o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Norte do Paraná (Sinepe-PR). O índice é maior que a estimativa de inflação para 2022 de 5,63% prevista pelos economistas. 

Gestor de um colégio particular em Apucarana, Tiago Almeida, informou que índice do reajuste foi de 11% nos serviços educacionais e no material didático. O percentual é maior do que o reajuste praticado ano passado de 8,5%. “Para o cálculo foram considerados os custos operacionais e também os parâmetros do mercado”, explica. 

Almeida informa que o colégio possui 1.360 alunos e que geralmente, as famílias procuram descontos para amortizar os custos. “As famílias procuram desconto sim. É uma característica do mercado em Apucarana”, comenta. 

Diretor de uma rede de escolas particulares em Apucarana, Oswaldo Massaji Ohya, informa que o preço da mensalidade vai subir até 11% nos três colégios. O material didático também terá reajuste de preço de 8% a 18%, dependendo de cada escola. Segundo Ohya, o cálculo do aumento do custo da mensalidade é feito com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). “Levantamos os custos operacionais dos últimos 12 meses e comparamos a média de gastos com o INPC”, explica. 

De acordo com o Sindicato das Escolas Particulares do Norte do Paraná (Sinepe), o custo da mensalidade na rede privada deve aumentar entre 10% a 12% na sua área de abrangência, dependendo a escola. Conforme o presidente do sindicato, Alderi Luiz Ferraresi, não existe teto máximo para o reajuste e cada escola tem autonomia para definir os valores de acordo com seus critérios. 

“Que façam preço justo de acordo com a realidade de cada escola. Não pode errar nem para mais nem para menos”, afirma.

PROCON

O Procon orienta que as escolas precisam justificar o reajuste e os pais devem ficar de olho em preços abusivos. “A lei das mensalidades deixa bastante claro que a instituição de ensino deve apresentar aos pais uma planilha com a justificativa dos reajustes. É uma situação que os pais precisam ter conhecimento prévio”, comenta o coordenador do Procon de Apucarana, Luiz Carlos Ballan. 

Ele orienta os pais prestarem atenção no contrato de prestação de serviços educacionais que traz, entre suas clausulas, qual o índice aplicado. Outra orientação é, quando houver pagamento de rematrícula, o valor deve ser diluído nas outras 12 mensalidades. 

“Não existem 13 parcelas. São 12 mensalidades. Se houver cobrança de rematrícula, tem que ficar bem especificado que esse valor será deduzido nas mensalidades”, assinala.

No ano passado, o Procon de Apucarana recebeu pelo menos 12 reclamações sobre índice de reajuste da mensalidade. Os reclames não resultaram em autuação, somente orientação.