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Safra 2017/2018 de café deve render R$ 34 milhões na região

Renan Vallim

| Edição de 22 de agosto de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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A safra 2017/2018 do café deve render aproximadamente R$ 34 milhões na região. A colheita, que já está praticamente concluída, aumentou cerca de 6,2% em relação à safra passada. Por conta do clima favorável, não houve registros de má qualidade dos grãos na região. No entanto, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), os preços não estão favoráveis ao produtor.

Imagem ilustrativa da imagem Safra 2017/2018 de café deve render R$ 34 milhões na região

Na região do escritório regional de Apucarana da Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento (Seab), foram plantados 3 mil hectares de café nesta safra, mesmo número da safra 2016/2017. A produção na região foi de 4,8 mil toneladas do grão no período passado, com produtividade de 1,6 tonelada por hectare. Já a produção deste ano deverá fechar em 5,1 mil toneladas, alta de 6,2%, com produtividade de 1,7 tonelada por hectare.
De acordo com Paulo Franzini, chefe do Deral de Apucarana, a colheita está 99% concluída na região. “A falta de chuvas em abril e maio afetou o desenvolvimento do café, que maturou mais rápido. Por isso, estamos com a colheita tão avançada, provavelmente finalizando antecipadamente, cerca de 30 dias antes do previsto”, diz.
Em junho também houve estiagem, o que favoreceu a colheita. “Quando chove na época da colheita, muitos grãos caem no solo, passando por um processo de fermentação que derruba a qualidade do grão. Como isto não aconteceu, não devemos ter café de baixa qualidade na região. A maior parte dos grãos deve ficar com avaliação boa e alguns, média”, destaca Franzini.
No entanto, ele aponta que cafés de qualidade excepcional também não serão comuns. “A seca de abril e maio, na época da maturação, fez com que o grau de doçura do café diminuísse. Por isso, encontrar cafés de qualidade superior vai ser um pouco incomum”, afirma. A seca pode afetar também a próxima safra. Uma pequena parte do plantio já registrou floração, algo que era esperado apenas para outubro.

PREÇOS
Apesar da boa produção, os cafeicultores não estão muito animados. A saca de 60 quilos do café, que era comercializada no início do ano a R$ 430, caiu de preço há cerca de três meses. Hoje, o valor está abaixo dos R$ 400.
“Esta queda foi provocada pela safra brasileira, que neste ano foi cheia. Ou seja, com mais produto no mercado, os preços caem. Outro problema é a ‘guerra comercial’ envolvendo Estados Unidos e China, o que afeta os valores das commodities”, destaca.