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Saúde confirma mais 5 óbitos e região soma 42 mortes por dengue

Cindy Santos

| Edição de 18 de junho de 2024 | Atualizado em 18 de junho de 2024

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Mais cinco mortes por dengue foram confirmadas na região. Boletim epidemiológico divulgado ontem pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) trouxe dois novos óbitos em Apucarana e confirmou as primeiras mortes do período epidemiológico em Borrazópolis (2) e Califórnia (1). Os três municípios pertencem a 16ª Regional de Saúde que chega a 42 mortes pela doença. O número de óbitos é quase cinco vezes maior que a soma de vítimas dos últimos cinco anos (ver quadro) na região.

Os pacientes de Apucarana são um homem de 50 anos e uma mulher de 43, ambos sem comorbidades, que faleceram nos meses de março e abril, respectivamente. Com isso, o município soma 19 mortes pela doença e 18.464 casos confirmados até o momento. Em relação ao boletim da semana passada, são 143 novos registros, o que confirma a queda no número de casos. 

Em Borrazópolis os pacientes são uma mulher de 92 anos, com hipertensão, e um homem de 79 anos, cardiopata, que faleceram no mês de março. O município, que até então não tinha registrado mortes pela doença no período epidemiológico, tem 1.768 casos confirmados. E em Califórnia a morte confirmada é a de uma mulher de 80 anos, com cardiopatia, que faleceu em 14 de março. 

Dos 17 municípios da área da 16ª RS, nove registraram óbitos neste ano epidemiológico. Para o chefe regional, Marcos Costa, o aumento no número de óbitos é considerado atípico. Nos cinco ciclo epidemiológicos anteriores, a região somou nove mortes. “Nunca tivemos tantos óbitos no âmbito da regional como o atual. Tivemos muitos casos positivos, e com aumento no número de casos, a proporção de óbitos também aumenta”, analisa. 

O índice, nunca antes atingido, deve aumentar, uma vez que outras mortes suspeitas estão sendo analisadas. 

“Em toda a regional mais de 100 mortes suspeitas por dengue foram analisadas, desse total, 42 foram confirmadas e cerca de 20 descartadas. Tem mais óbitos para serem analisados. São mortes que ocorreram no período mais crítico da epidemia”, afirma o chefe da 16ª RS, Marcos Costa. 

Para ele, o aumento no número de mortes tem relação com fatores como o grande número de pessoas infectadas – na regional são mais de 38,6 mil - somada a condição de saúde dos pacientes que morreram, pois muitos tinham outras doenças associadas. “A assistência em saúde também deve ser observada, uma vez que os atendimentos e encaminhamentos, realização de exames em tempo oportuno, podem evitar que os casos se agravem. Mas quando o paciente é mandado embora para a casa, sem realização de um exame para ver as plaquetas, a situação pode ser agravar e resultar em óbito”, analisa. 

Costa reforça a necessidade de os municípios manterem as medidas de controle do mosquito transmissor da doença, realizando mutirões de limpeza ao longo do ano, visitas nas residências, campanhas de orientação, entre outras ações de combate para que a situação não volte a se repetir futuramente.

Paraná soma 460 mortes

O boletim semanal da dengue publicado nesta terça-feira (18) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirma 25.028 novos casos da doença e mais 46 mortes no Paraná. De acordo com o documento, o atual período epidemiológico, que teve início em julho de 2023, soma agora 460 óbitos, 505.893 diagnósticos confirmados e 860.550 notificações.

As mortes registradas no informe desta semana ocorreram entre 1º de março e 3 de junho. São 18 homens e 28 mulheres, com idades entre 3 meses e 92 anos, residentes em 27 municípios.