O delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP) de Apucarana, Marcus Felipe da Rocha Rodrigues, afirmou ontem que a Polícia Civil ainda não conseguiu elementos para comprovar que a segunda vítima do tiroteio no Jardim Colonial, ocorrido no dia 25 de março, tenha sido alvo dos assassinos. Elvis Cássio Lemes, de 36 anos, morreu no último sábado (8) no Hospital da Providência, onde estava internado desde o dia do crime.
A primeira vítima foi identificada como Márcio de Almeida Inácio, de 33 anos. Ele foi executado com vários tiros no local e, segundo a Polícia Civil, era o alvo do atentado. Uma terceira pessoa, também atingida pelos disparos, já deixou o hospital e também pode, assim como Elvis, ter sido um “efeito colateral” do ataque.
Ele explica que Elvis e Márcio eram conhecidos e trabalhavam na área de confecções. Segundo as investigações, a casa onde Márcio morava atualmente pertencia a um irmão de Elvis. O delegado comenta que as duas vítimas estavam discutindo questões do trabalho e também sobre a transferência do nome da conta de luz da casa quando os assassinos chegaram atirando.
“Eram pessoas que se conheciam da região, mas a Polícia Civil não sabe dizer ao certo se o Elvis seria alvo desse atentado. Quanto ao Márcio, que foi a primeira vítima, a Polícia Civil não tem a menor dúvida que era o alvo daquela ação e o Elvis acabou sendo atingido no momento dos disparos”, assinala.
A terceira pessoa ferida na ocasião afirmou em depoimento que os criminosos chegaram mascarados, fortemente armados e também não há ainda uma relação comprovada dela com o atentado. Imagens de câmeras de segurança comprovam a versão do homem, de 31 anos. “Os indivíduos efetuam disparos sem qualquer chance de defesa e reação. O Márcio tenta correr, mas não consegue. Assim que ele cai, um dos indivíduos efetua vários disparos contra ele”, reforça o delegado, ressaltando que a Polícia Civil aguarda os laudos periciais para avançar nas investigações. (FERNANDO KLEIN)