A região acumula um saldo de 3.338 postos de trabalho com carteira assinada, criados entre janeiro a outubro deste ano. A maioria gerada pelo setor de serviços, com 1.820 postos de emprego o que corresponde a 54,5%. O comércio também contribuiu com o crescimento da empregabilidade nos 29 municípios pesquisados e criou 623 vagas, bem como a indústria (338), agropecuária (332) e a construção civil (225). Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência.
O município com o maior saldo no acumulado do ano é Apucarana, com 757 vagas, a maior parte do setor de serviços (443). Outras atividades que criaram vagas foram a indústria (188), a construção civil (61), comércio (40) e a agropecuária (25).
Arapongas fechou o período com a abertura de 509 postos formais de emprego. Destaque outra vez para o setor de serviços com 411 vagas, seguido pela construção civil (251) e pelo comércio (123). A indústria recuou e perdeu 252 postos de trabalho. A agropecuária extinguiu 24.
Jandaia do Sul obteve o terceiro melhor saldo da região no acumulado entre janeiro a outubro com 467 vagas de trabalho, a maior parte na indústria (274), comércio (105) e serviços (95).
O economista Rogério Ribeiro adianta que neste final de ano a região deve fechar com saldo positivo, porém, inferior ao acumulado de 2021. E as expectativas para o próximo é que o cenário não melhore muito. “Se por um lado as políticas sociais irão injetar mais recursos na economia, por outro teremos um desajuste das contas públicas e a manutenção de uma inflação acima de 5% ao ano. Isto irá refletir em juros elevados e baixo nível de atividade. Não estou dizendo que irá piorar, mas não teremos ‘céu de brigadeiro’ em 2023 para o mercado de trabalho”, analisa.
OUTUBRO
Outubro foi o segundo pior mês em geração de empregos na região, perdendo apenas para janeiro que fechou com 75 vagas no negativo. Em outubro foram criadas 129 vagas no setor de serviços, 106 no comércio e 13 na agropecuária. No entanto, a indústria e a construção civil perderam 107 e 53 postos respectivamente, fechando o mês com saldo de 88 vagas.
Sabáudia foi o município com o maior saldo de empregos (60) gerados em outubro, seguido por Jandaia do Sul (49) e Ivaiporã (37). Já os municípios maiores fecharam com os maiores saldos negativos da região. Arapongas perdeu 55 vagas e Apucarana 45.
Na análise do economista Paulo Cruz, neste último trimestre, as incertezas sobre a política econômica passaram a refletir na geração de novos postos de trabalho. E, os investimentos ficaram prejudicados pelas altas taxas de juros.
“Essa redução nas expectativas não empolgou para o mercado de trabalho fazer novas contratações nestes últimos três meses, não na mesma proporção que em anos anteriores. De tal forma que os empresários estão na espera de como ficará a taxa de juros e os novos arranjos da macroeconomia nacional. Eles esperam novos incentivos para a produção, consumo e criação de novas possibilidades de investimentos”, analisa.
Paraná fecha outubro com 10,5 mil postos de trabalho
O Paraná teve saldo positivo de 10.525 empregos em outubro, o terceiro estado que mais gerou empregos no mês. Com o resultado, já soma 147.955 empregos gerados em 2022, se consolidando como o maior empregador da região Sul.
O resultado de outubro supera a soma da região Norte (7.266) e Centro-Oeste (8.409), e três estados com populações maiores que o Paraná: Minas Gerais (8.463), Rio de Janeiro (8.677) e Bahia (6.702).
No acumulado do ano, o Paraná fica atrás apenas de São Paulo (657.617), Minas Gerais (219.746) e Rio de Janeiro (177.202). Além disso, o resultado é superior à soma do resultado dos sete estados da região Norte no período.
“Na economia, os resultados do Paraná têm sido excelentes. Chegamos ao posto de quarta potência econômica do Brasil e os números de empregabilidade continuam altos. Queremos fechar o ano com mais um grande resultado no Caged”, disse o governador Carlos Massa Ratinho Junior.