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Símbolo da cidade, Palácio do Comércio completa 40 anos

Renan Vallim

| Edição de 25 de fevereiro de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Completando hoje 40 anos, o Edifício Palácio do Comércio se consolidou como uma das principais referências na paisagem de Apucarana. Construído para ser o principal centro empresarial da cidade e também sede da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana (Acia), o prédio passa atualmente pela maior reforma estrutural nestas quatro décadas.

Imagem ilustrativa da imagem Símbolo da cidade, Palácio do Comércio completa 40 anos


A construção do Palácio do Comércio foi realizada através de esforços do empresariado local, capitaneados pela Acia. Para a associação, presidida na época pelo industrial do ramo têxtil Felipe Alexandre Felipe, a ausência de uma sede própria prejudicava o desempenho da entidade. Já os empresários sentiam falta de um centro comercial e de serviços, onde poderiam concentrar os escritórios das empresas, além de cartórios e outros ofícios.
Após um movimento de união entre os empresários, a construção do prédio de 15 andares foi realizada, destinando o último andar para a sede da Acia. O Palácio do Comércio foi inaugurado no dia 25 de fevereiro de 1978 pelo governador da época, Jaime Canet Júnior.
O ‘Palácio do Comércio’ foi, durante muitos anos, a mais alta construção da cidade. Com 6 mil m², o local possui ao todo 58 salas comerciais e um fluxo aproximado de 1,6 mil pessoas por dia.
Os empresários Armando Boscardin e Fernando Mendes fizeram parte do grupo que ajudou a erguer o prédio. “O ‘Palácio do Comércio’ foi, durante um bom tempo, um dos prédios mais modernos do Paraná. Ele foi construído em parte através da venda de um terreno de propriedade da Acia e de um apoio da construtora responsável. Minha família, até hoje, possui um espaço no prédio”, afirma Boscardin, que fazia parte da diretoria da Acia na época, presidindo a entidade três anos depois.
Já Fernando Mendes lembra do significado simbólico do prédio, situado na Rua Oswaldo Cruz. “Ele foi um marco para a cidade e, até hoje, é um verdadeiro ícone de Apucarana. Ele sempre representou muito para os empresários da cidade e vê-lo, hoje, 40 anos depois da inauguração, ainda com o status da época, é motivo de orgulho para quem ajudou a construí-lo”, comenta o empresário.
O atual presidente da Acia, Jayme Leonel, destaca o espírito de inovação do empresariado em torno do projeto. “Esse prédio é resultado da visão de um grupo de empresários que acreditou na cidade e fez a comunidade acreditar nessa visão. Hoje, junto com a Catedral, o Palácio do Comércio é a referência visual da cidade”, destaca. 
Para continuar em condições de receber o alto fluxo de pessoas diariamente, o Palácio do Comércio está passando atualmente pela maior reforma já feita no prédio. 
Dois engenheiros foram contratados para regularizar as novas demandas de segurança exigidas e que não eram compatíveis com o prédio. As discussões entre os profissionais e os bombeiros duraram em torno de dois anos devido à complexidade da obra, mas o projeto já foi aprovado (ver box).

Modernização inclui segurança e troca de janelas
No processo de modernização, a sinalização nos andares já foi readequada. Novos corrimãos e guarda-corpos foram instalados, entre outros dispositivos de segurança. Os hidrantes foram trocados e aumentaram de número. Também foram substituídas as esquadrias de metal nas escadarias e ao lado dos elevadores por peças de alumínio de alto padrão.
“A nossa ideia é fazer com que o Palácio do Comércio caminhe em direção à modernidade”, explica o síndico do prédio, Érik Manosso. Ele representa um conselho que administra o prédio e decide todas as medidas a serem tomadas. “A nossa prioridade atual é a modernização do sistema de combate a incêndios, dentro das exigências do Corpo de Bombeiros”, diz.
Em breve, haverá a troca definitiva das esquadrias de metal e também dos vidros das janelas. O Palácio do Comércio tem duas faces (a norte e a sul) praticamente formadas apenas por janelas. “É um trabalho delicado e complexo. Todas as janelas ainda são originais do prédio. Assim como todo o restante do prédio, as janelas foram feitas com o que havia de melhor na época. No entanto, com a tecnologia de hoje, elas ficaram defasadas. As esquadrias, hoje de ferro, serão no futuro de alumínio. E os vidros comuns serão trocados por vidros de segurança”, ressalta Manosso.
Mas, antes da troca, está sendo realizado um serviço de manutenção preventiva. “Como a troca é um processo caro, difícil e que exigiria a evacuação quase que total do prédio, resolvemos realizar este trabalho preventivo. Assim, o processo futuro de substituir as esquadrias terá menos impacto no dia-a-dia de quem trabalha no prédio”. Estudos iniciais apontavam para um investimento na ordem de até R$ 2 milhões. “O prédio é belíssimo, de uma arquitetura avançada para a época, mas ainda atual. O que queremos é modernizar o prédio, mas sem alterar a identidade original dele”, explica o síndico.