O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Arapongas (Sticma) e o Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas (Sima) iniciaram as negociações da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para 2022/2023. A data-base da categoria é 1º de maio.
O Sticma -que representa cerca de 10 mil trabalhadores de sua base, sendo 8,5 mil apenas em Arapongas- reivindica a reposição da inflação do período (12,47%) e mais 3% de ganho real e outros 3% de valorização do piso. O índice de reajuste médio a chega a 19,31%, segundo o presidente do sindicato, Carlos Roberto da Cunha. O cálculo leva em conta os diferentes patamares da categoria.
“Tivemos uma primeira reunião e voltaremos a nos reunir em 31 de maio. A gente está otimista para um acordo. O poder de compra dos trabalhadores caiu muito e os próprios empresários entendem que é necessário um reajuste”, diz Carlos Roberto. O sindicato abrange, além de Arapongas, os trabalhadores do setor de móveis de Rolândia, Arapongas, Sabáudia, Pitangueiras, Apucarana e Califórnia.
O presidente do Sima, José Lopes Aquino, afirma que os associados farão uma assembleia no dia 30 para debater a proposta da categoria, um dia antes do encontro com os representantes do sindicato. Ele afirma que o setor ainda não se recuperou após a queda das vendas nos primeiros meses deste ano. Aquino afirma que o otimismo voltou com a Movelpar, realizada na semana passada, mas diz que o setor ainda está em transição.
“É preciso buscar um equilíbrio. A condição econômica das empresas ainda é difícil”, diz. No entanto, ele admite que um reajuste salarial é necessário por conta das perdas financeiras dos funcionários desde o ano passado, principalmente com o aumento da inflação. “O reajuste, com certeza, é necessário. Não podemos pensar apenas na questão econômica das empresas, mas também no aspecto social dos trabalhadores”, disse. (FERNANDO KLEIN)