Na gestão de empresas, é comum ouvir que “a pressão era grande” como desculpa para decisões precipitadas, erros em cadeia ou fracassos na estratégia. Porém, líderes de verdade não se escondem atrás da tensão. Eles se revelam nela.
Em julho de 1969, o astronauta Neil Armstrong viveu segundos que ilustram com precisão o que é resultado sob pressão. Durante a missão Apollo 11, o módulo lunar estava prestes a pousar. No entanto, o sistema automático direcionava a nave para uma área cheia de crateras e pedras. Restavam apenas 20 segundos de combustível. Nada mais simbólico para o mundo empresarial do que um momento de risco iminente, escassez de recursos e necessidade de ação rápida e decisiva sob altíssimo risco.
Armstrong assumiu o controle manual. Confiou em seu preparo. Alunissou com segurança. (Observação: alunissar é o verbo para pousar na superfície da Lua.) E entrou para a História como o primeiro ser humano a pisar no nosso satélite natural.
Curioso é que Armstrong não buscava glória pessoal. Em suas palavras: “Não foi sobre fama ou fortuna. Foi sobre voar.”
Na liderança — como no espaço —, resultado consistente exige preparo técnico, clareza mental e humildade. Não basta chegar ao topo. É preciso saber o que fazer quando o inesperado acontece.
Treine as suas decisões. Aprimore a sua direção. Aprenda a manter a calma diante do caos, porque o “piloto automático” sempre falha — e é nessa hora que se vê quem nasceu para conduzir.
Liderar é, muitas vezes, decidir e agir com firmeza quando o manual não contém as respostas de que mais se precisa.