O prefeito eleito de Apucarana, Rodolfo Mota (União Brasil), já teria batido martelo na escolha de sua Secretaria da Educação. O nome escolhido seria da maringaense Ana Paula do Carmo Donato, irmã do deputado estadual Do Carmo (União Brasil), um dos apoiadores da eleição de Rodolfo e membro da comissão de transição. Ana Paula ocupou dois cargos na atual gestão do prefeito de Maringá, Ulysses Maia. Foi superintendente da Secretaria de Educação, onde ficou de 2020 até fins de dezembro de 2021 e, em meados de 2023, foi nomeada superintendente de Assuntos Metropolitanos de Maringá. A escolha de Ana Paula, se confirmada, pode gerar desconforto entre professores da rede municipal de Apucarana, que apoiaram a candidatura de Rodolfo. São coisas da política. Importante é saber se a pessoa escolhida está qualificada para ocupar o cargo, daí, cabe ao prefeito eleito Rodolfo Mota apaziguar os ânimos da rapaziada, como se diz no jargão popular, para evitar um primeiro desgaste com aliados locais.
Diferenças de orçamento
Os municípios de Apucarana e Arapongas têm muitas diferenças entre si. Apucarana tem uma extensão territorial maior que Arapongas e a população também supera a cidade vizinha em torno de 10 mil habitantes, entre outras peculiaridades. No entanto, quando se trata de orçamento da Prefeitura Municipal, tudo se inverte. Enquanto Apucarana estima uma receita de R$ 644 milhões para 2025, a previsão orçamentária de Arapongas bate os R$ 700 milhões redondos. São R$ 56 milhões de diferença, ou sejam 8%. Pode parecer pouco, mas é muito se for considerado o tamanho do município e a população de Apucarana em relação à de Arapongas. A diferença está no porte industrial de Arapongas e na força de suas indústrias, porque no comércio varejista Apucarana ainda leva vantagem.
Mudanças na 16ª
A 16ª Regional de Saúde, sediada em Apucarana e que engloba 17 municípios da região, incluindo Arapongas, pode ter um novo chefe nos próximos dias. O atual vice-prefeito de Apucarana e ex-candidato a prefeito da cidade, advogado Paulo Vital, é o nome mais cotado para assumir o posto, indicado pelo deputado federal Beto Preto. Quem também chegou a pleitear o cargo foi o vereador Lucas Leugi, que não se reelegeu. Já as demais chefias regionais do governo do Estado em Apucarana, como a Ciretran, dificilmente vão ser mudadas por serem indicações do deputado estadual Delegado Jacovós. Apesar de ser bem votado na cidade, Jacovós tem toda sua base política e domiciliar em Maringá, onde até conseguiu emplacar sua esposa como vice do prefeito eleito.
Itinerante em Ivaiporã
Depois de passar por várias cidades do interior, inclusive em Arapongas, a sessão itinerante da Assembleia Legislativa do Paraná aterrissa em Ivaiporã no período da realização da Expovale, que acontece entre os dias 14 e 20 de novembro. Ontem, em uma roda de políticos, a pergunta era uma só: e Apucarana? Quando a Assembleia vai fazer uma sessão itinerante na cidade? Se a regra de se levar sessões da Alep para o interior for apenas em feiras e exposições agropecuárias, a vez de Apucarana nunca vai chegar. Infelizmente a cidade não tem uma feira ou exposição tradicional que possa atrair milhares de pessoas e, por conseguinte, uma sessão itinerante da Assembleia, movimentando a rede hoteleira e o comércio local.
Juntos e misturados
O prefeito Junior da Femac adotou uma postura mais do que amistosa com seu sucessor, o prefeito eleito Rodolfo Mota. Em todos eventos onde vai, Junior faz questão de citar o nome de Rodolfo. Na formatura da Guarda Civil Municipal, no meio da semana, Junior não só fez menção a Rodolfo mas como também o chamou para compor a mesa de honra. Os dois ficaram lado a lado. No fim da solenidade, em conversa com a imprensa, Rodolfo não só reconheceu o bom momento na transição com o atual prefeito, como também já antecipou que pretende elevar de 53 para 100 o número de membros da corporação, a depender da condição financeira do município. Se Junior e Rodolfo aparecem juntos e misturados, o mesmo não acontece com as duas equipes da transição. Entre eles é tudo protocolar.