Quando o então governador Jaime Lerner decidiu privatizar as rodovias federais que cortam o Paraná para criar o Anel de Integração, o Contorno Leste de Apucarana fazia parte do programa de obras prioritárias a serem implantadas. Era o ano de 1998, quando Lerner concorria à reeleição. As primeiras tarifas do pedágio sofreram muitas críticas, pelo alto valor. Para não comprometer a eleição, Lerner reduziu as tarifas pela metade e, na mesma proporção, cortou as obras, incluindo o contorno leste de Apucarana. Agora, com a nova licitação do pedágio, o esforço do governador Ratinho Junior e o trabalho de lideranças políticas da cidade, como o deputado federal Beto Preto, Apucarana espera que desta feita a obra saia mesmo.
“Não vai ter racha”
Alguns vereadores do chamado “grupo dos oito” de Apucarana procuraram nesta sexta-feira a coluna para negar a possibilidade de haver racha entre eles na escolha do novo presidente da Câmara Municipal. “Estamos unidos, em que possa ter uma divergência ou outra, porém na hora do voto não haverá nenhuma dissidência”, afirmaram os edis. Pode ser que sim, pode ser que não. Justamente essa divergência ou outra que estimula o prefeito eleito Rodolfo Mota a influir na votação de presidente, mesmo seu grupo político tendo eleito apenas três dos onze vereadores. Dentro do “grupo dos oito”, três vereadores disputam a indicação para presidente. Um desses candidatos critica a interferência do prefeito Junior da Femac, outro alega que tem sido preterido em algumas “reuniões fechadas” do grupo, daí as supostas divergências.
Apucarana ligada a Maringá
Foi o tempo que Apucarana estava mais ligada à política e políticos de Londrina. A cidade chegou a fazer parte da região metropolitana de Londrina, hoje Apucarana sedia a sua própria região metropolitana. Mas agora com o prefeito Rodolfo Mota, a bola da vez passou a ser Maringá. É de lá que vem a futura secretária municipal da Educação, como também são de Maringá os deputados estaduais que vão representar Apucarana junto ao Governo do Estado, da mesma forma que uma agência de publicidade maringaense pode assumir a conta da Prefeitura, caso venha a vencer a licitação em andamento que só deve ser concluída em 2025. O tempo e o histórico construído ao longo de décadas, no entanto, ainda mantém uma forte ligação do cidadão apucaranense com a cidade de Londrina. Na política, nem tanto.
Prefeitos no Cisvir
Alguns prefeitos que integram o Cisvir - Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ivaí e Região estiveram reunidos ontem na sede da entidade, em Apucarana, para prestação de contas da atual diretoria que encerra o mandato neste fim de ano. Também aproveitaram para discutir os problemas de saúde que afligem cada município integrante do consórcio. O encontro foi presidido pelo prefeito de Mauá da Serra, Hermes Wichthoff. Entre os presentes, prefeitos em fim de mandato e outros eleitos e reeleitos, como o caso de Moisés Andrade, de Rio Bom, candidato a presidir o Cisvir. Também participaram os prefeitos de Arapongas, Sérgio Onofre; de Jandaia do Sul, Lauro Junior; de Cambira, Emerson Toledo; Ademar Rejani, de Marumbi e Moacir Andreolla, de Novo Itacolomi.
Impor sua marca
Apesar de reconhecer que o apoio do atual prefeito Sergio Onofre foi decisivo para sua vitória nas eleições de outubro, o prefeito eleito de Arapongas, Rafael Cita (PSD), pretende fazer algumas mudanças pontuais no atual secretariado da Prefeitura. Uma delas deve ser na Secretaria de Saúde, que deve ter um novo titular em substituição ao atual secretário Moacir Paludetto Junior. Rafael sabe que para se reeleger em 2028 vai depender exclusivamente do sucesso de sua gestão. Para tanto, deve impor sua marca e ter uma equipe à sua imagem e semelhança. Vai continuar tendo o suporte da experiência do prefeito Sérgio Onofre (PSD), que a partir de 2025 deve estar na assessoria do governador Ratinho Junior e na eleição de 2026 deve disputar uma cadeira de deputado estadual, com boas chances de eleição.