Prestes a encerrar seu segundo mandato à frente da Prefeitura de Marilândia do Sul, Aquiles Takeda (foto) começa a avaliar o seu futuro profissional e político. Farmacêutico por formação, Aquiles tem grande experiência na saúde e já foi sondado para ocupar cargo na Secretaria de Estado da Saúde, onde tem bom trânsito. O prefeito de Marilândia, entre outros cargos que ocupou na área de saúde nos últimos anos, foi presidente do Cisvir - Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ivaí e Região e é o atual presidente da Acispar - Associação dos Consórcios e Associações Intermunicipais do Paraná. Por ora, Aquiles ao término de seu mandato deve ficar mesmo em Marilândia do Sul, onde elegeu seu vice Walmir Peres (PSD) como sucessor na Prefeitura. Há quem diga, no entanto, que Aquiles poderia assumir um cargo na área de saúde aqui mesmo na região.
O interesse pelo Cisvir
Além das idas e vindas a Curitiba e até mesmo Brasília, o que tem movimentado os prefeitos eleitos e reeleitos que integram a 16ª Regional de Saúde, sediada em Apucarana, é a eleição da nova diretoria do Cisvir - Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ivaí e Região. O interesse dos prefeitos é a utilização do consórcio da melhor maneira para aplacar um pouco o grande problema que aflige a população: a saúde pública. A maioria dos municípios, de modo especial os de menor porte, não conta com hospital municipal e, às vezes, nem privado, tendo que recorrer aos municípios maiores, como é o caso de Apucarana, onde fica a sede do Cisvir, até mesmo para simples exames ou consultas com especialistas das mais diversas áreas médicas. O consórcio, fortalecido, é a tábua de salvação de muitos prefeitos.
Vai ser ampliado
Por falar no Cisvir e sua importância para os municípios integrantes do consórcio, vale lembrar que está a caminho um novo investimento da ordem de R$ 15 milhões, já anunciados pelo deputado federal e ex-secretário de Estado da Saúde, Beto Preto (PSD) para a construção de uma nova ala que vai possibilitar não só ampliar o atendimento aos usuários do consórcio, como também aumentar a oferta de serviços no Ambulatório Médico de Especialidades. Vão ser construídos um centro cirúrgico com duas salas, uma enfermaria equipada com nove leitos, 11 consultórios gerais e dois consultórios oftalmológicos com sala de exame. A expectativa é que a nova estrutura possua capacidade de realizar 6.626 atendimentos mensais, incluindo consultas e exames. O investimento vai ser pela Secretaria de Estado da Saúde.
Câmara: “sem pressa”
Quando o assunto presidência da Câmara Municipal de Apucarana chega até o prefeito eleito, Rodolfo Mota, ele tem dito que “não é prioridade para o momento”, dando a entender que “na hora certa” tudo se resolve. Pode ser que sim, pode ser que não. Para Rodolfo, o mais importante agora, até mesmo antes de compor seu secretariado, é sacramentar a escolha do novo presidente do Cisvir, bem como da Amuvi. Ontem, um prefeito que integra as duas entidades comentou que o interesse de Rodolfo “parece mais político do que técnico”, referindo-se em especial ao Cisvir. De acordo ainda com esse prefeito, a presidência do consórcio, esteja com quem estiver, em nada vai mudar para Apucarana por ser o maior município entre os integrantes da entidade, bem como por sediá-lo. Talvez o Rodolfo tenha mesmo que priorizar as questões locais.
Toledo e Sérgio
O atual prefeito de Cambira, Emerson Toledo (MDB), satisfeito por ter eleito sua sucessora, a atual secretária de saúde do município, Ana Lucia (MDB), esteve nesta segunda-feira com o deputado federal Sérgio Souza (MDB), para uma longa conversa sobre seu futuro político. Toledo, que ao fim de 2024 encerra seu segundo mandato consecutivo de prefeito, não pretende nem de longe abandonar a política. Uma de suas pretensões seria disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa do Estado, em 2025, fazendo dobrada com o próprio deputado federal Sérgio Souza. Mas a concorrência nesta área estaria complicada pelo fato do prefeito de Faxinal, também companheiro de Sérgio Souza, Ylson Álvaro Cantagallo (PSD), já ter se lançado postulante a uma vaga na Assembleia. Para viabilizar uma candidatura, um dos dois teria que abrir mão para o outro.