Muitos segmentos da sociedade de Arapongas torcem para que o recém eleito vereador Paulo Grassano, jovem, empresário e de tradicional família de políticos, seja o próximo presidente da Câmara Municipal. No entanto, vereadores reeleitos não estariam aceitando votar em Paulo Grassano, sob a alegação de ser inexperiente na política e não conhecer as entranhas do legislativo araponguense, tal qual conhecem os mais antigos. É o espírito corporativista, onde o novo surge como possível ameaça ao toma lá da cá, muito presente em todo legislativo, a começar por Brasília. De qualquer forma, não deixa de ser um alento para a política quando um jovem, empresário e de família bem sucedida, se interessa em trabalhar por sua cidade.
Último dos moicanos
Os meios de comunicação social de Apucarana, especialmente rádio e TV, não têm tido ultimamente força para eleger um vereador para chamar de seu. O último que obteve sucesso nas urnas foi o radialista Luiz Magalhães, eleito em 2012. E foi só. Em todas eleições subsequentes, sempre teve dois ou mais radialistas tentando ser vereador. Nenhum se elegeu. O único a conseguir uma boa suplência foi Paulo Farias, que chegou a assumir por um período a Câmara. O radialista que se deu melhor na política de Apucarana foi Antonio Penharbel Filho, que se elegeu vereador em 1976 e vice-prefeito em 1988.
‘Nós contra eles’
Em eleição, por mais que a ideologia política possa prevalecer em alguns casos, o amadorismo pune. Em São Paulo, Pablo Marçal, mesmo sem tempo de TV e fundo partidário, quase chegou ao segundo turno. Perdeu porque foi amador ao soltar às vésperas um falso laudo médico contra seu adversário na famosa briga “nós contra eles”. O mesmo se verifica agora em Curitiba, onde a candidata ultra-direitista Cristina Graemel (PMB), entusiasmada por chegar ao segundo turno, já pôs os pés pelas mãos ao antecipar que nomearia para saúde uma tal de “Dra. cloroquina”, médica contrária à vacinação. Para piorar, Cristina propõe tarifa por quilômetro rodado para usuário do transporte urbano. Assim antecipa derrota.
Ponta Grossa fora
Nas três cidades paranaenses que aguardam o segundo turno para conhecer seu novo prefeito, o governador Ratinho Junior (PSD) só não conta com Ponta Grossa, onde seu candidato, o deputado estadual Marcelo Rangel (PSD), ficou fora do segundo turno. Já em Londrina, o governador aposta todas suas fichas no deputado estadual Tiago Amaral (PSD), que lidera as pesquisas, o mesmo acontecendo em Curitiba, onde Ratinho faz campanha forte para eleger o atual vice-prefeito, Eduardo Pimentel (PSD), também liderando as primeiras pesquisas de intenção de voto. Fechando estas duas cidades, Ratinho sai como o grande vitorioso nesta eleição e ajuda o PSD a fazer história no Paraná.
Reunião de prefeitos
A reunião de prefeitos eleitos e também dos atuais da Associação dos Municípios do Vale do Ivaí (Amuvi), que estava prevista para esta semana em Apucarana, ficou para a próxima, em dia ainda a ser definido pela Associação dos Municípios do Paraná (AMP), organizadora do evento. O encontro visa dar orientações técnicas e administrativas para os novos prefeitos que assumem no dia 1º de janeiro e preparar os atuais para o encerramento de mandato. Para esta reunião a AMP vai enviar técnicos especialistas em gestão pública para dar palestras sobre tudo que envolve uma administração municipal, segundo o presidente da AMP, Edimar Santos (PRB), prefeito de Santa Cecília do Pavão.