DIREITO & JUSTIÇA

min de leitura - #

Pensão alimentícia: STJ valida quebra de sigilo bancário

Da Redação

| Edição de 25 de abril de 2025 | Atualizado em 25 de abril de 2025

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

Uma recente decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) trouxe alívio para muitas mães que enfrentam dificuldades para garantir o sustento dos filhos: o tribunal confirmou que é possível quebrar o sigilo bancário e fiscal de um pai que, em ação de alimentos, apresenta resistência ou omite informações sobre sua real situação financeira.

O caso envolvia um pai que, mesmo com indícios de capacidade econômica elevada, declarava uma renda incompatível com seu padrão de vida. Diante da omissão, a Justiça autorizou a quebra de seu sigilo bancário e fiscal para apurar a verdade dos fatos — decisão que foi mantida pelo STJ. (REsp 2.126.879)

Essa medida, embora considerada excepcional, é uma ferramenta importante para evitar fraudes e garantir o direito alimentar. O STJ ressaltou que o dever de transparência é inerente ao processo de alimentos e que o princípio do melhor interesse da criança deve prevalecer.

O que isso significa na prática?

Significa que, ao entrar com um pedido de pensão alimentícia e inexistindo outros meios eficazes de demonstrar a real capacidade financeira do alimentante, a parte requerente pode solicitar ao juiz a quebra de sigilo bancário e fiscal, caso haja indícios de que o genitor está ocultando bens ou renda.

A Justiça pode, então, acessar contas bancárias, declarações de Imposto de Renda e outras informações financeiras para chegar a um valor justo de pensão.

É importante lembrar que a pensão alimentícia deve ser fixada com base nas necessidades de quem pede e nas possibilidades de quem paga. Ocultar informações ou simular uma renda menor do que a real, além de ser injusto, pode configurar má-fé e trazer consequências legais.

Essa decisão do STJ reforça o entendimento de que o direito dos filhos deve prevalecer sobre estratégias evasivas e que a Justiça está atenta para proteger o interesse de crianças e adolescentes.

Se você está enfrentando uma situação semelhante ou tem dúvidas sobre pensão alimentícia, procure orientação jurídica qualificada.