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Inovação acessível: como o low-code e no-code transformam negócios e municípios

Da Redação

| Edição de 01 de setembro de 2025 | Atualizado em 01 de setembro de 2025

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É preciso pensar em transformação digital! A digitalização dos negócios, serviços e produtos já é uma realidade, e muitas vezes tal ideia parece restrita a grandes empresas ou cidades com ampla infraestrutura tecnológica, porém a transformação digital tem espaço em qualquer contexto. O avanço das plataformas Low-code e No-code, nos mostra que a inovação pode estar ao alcance de qualquer negócio ou município, independentemente do porte. De forma simples, Low-code e No-code são ferramentas que permitem criar aplicativos, sistemas de gestão e automações sem exigir conhecimentos avançados de programação. Essa facilidade reduz barreiras técnicas e financeiras, tornando a tecnologia acessível e possibilitando a democratização da inovação, possibilitando que mais pessoas, organizações e comunidades criem soluções para os seus próprios problemas.

No caso dos pequenos negócios, a aplicação é bastante prática. Um comerciante pode estruturar um sistema de agendamento, criar um aplicativo de fidelização ou automatizar o controle de estoque sem precisar recorrer a softwares caros. Tudo pode ser feito de forma gradual, com baixo custo e adaptado à realidade local. Essa autonomia dá agilidade para corrigir falhas, melhorar processos e responder mais rápido às demandas dos clientes.

Em municípios de pequeno porte, aqueles com até 20 mil habitantes, o potencial está na organização da gestão pública. Muitas vezes a equipe administrativa é reduzida e os processos ainda são manuais. Com uma plataforma Low-code, é possível criar registros digitais de solicitações da população, organizar protocolos internos e até disponibilizar informações básicas em portais de transparência. A inovação, nesse caso, não significa sistemas complexos, mas soluções simples que aliviam a rotina e aproximam a administração do cidadão.

Já em cidades de médio porte, aquelas com até 200 mil habitantes o cenário é diferente. A demanda por serviços digitais é maior e as estruturas são mais diversificadas. Nessas localidades, o Low-code pode apoiar desde a digitalização de licenças até a integração de dados entre secretarias. Também pode ser usado para criar canais diretos de comunicação com a população, agilizando atendimentos e fortalecendo a transparência. A vantagem é reduzir tempo e custos de implantação, sem renunciar à eficiência.

É importante destacar que o Low-code e o No-code não eliminam a necessidade de profissionais de tecnologia. Pelo contrário, criam espaço para uma atuação mais estratégica. Enquanto especialistas garantem a segurança e a escalabilidade das soluções, gestores e empreendedores podem desenvolver, de forma colaborativa, aplicações voltadas a problemas específicos. Essa lógica democratiza a inovação e amplia o protagonismo local.

Ao ganhar espaço em pequenos negócios e em cidades de diferentes portes, o Low-code e o No-code contribuem para tornar a tecnologia mais acessível e prática. O comerciante de bairro consegue modernizar sua relação com os clientes, o gestor de uma cidade pequena organiza melhor seus serviços e o município médio avança em eficiência administrativa. A inovação não deve ser apenas prerrogativa dos grandes centros, ela precisa ser construída no dia a dia das comunidades independente de seu porte, que com as ferramentas certas, podem transformar suas realidades de forma gradual e sustentável.