O reajuste anual das tarifas da Enel, concessionária de energia elétrica, começa a valer a partir desta sexta-feira (4) em São Paulo. Os consumidores atendidos pela distribuidora em 24 municípios da região metropolitana, incluindo a capital, sentirão um aumento médio de 13,94% nas tarifas.
Este reajuste foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na última terça-feira (2). Para os consumidores residenciais, que são ligados em baixa tensão, o aumento será de 13,26%, conforme informou a agência reguladora.
Impactos do Reajuste
Considerando todos os consumidores em baixa tensão, que incluem pequenos comércios, o reajuste médio será de 13,47%. Já para aqueles ligados em alta tensão, como indústrias e grandes unidades consumidoras, a alta será de 15,77%, em média.
“Entre os fatores que mais impactaram os índices propostos estão os custos com encargos setoriais [que custeiam políticas públicas estabelecidas por meio de leis e decretos], aquisição de energia e componentes financeiros apurados no processo tarifário anterior”, destacou a Aneel em comunicado.
Fatores que Influenciam o Reajuste
A Enel também mencionou o impacto dos encargos setoriais e da aquisição de energia sobre o reajuste. Segundo a empresa, "Esses fatores, definidos por regulamentação federal, somados aos custos de transmissão e tributos federais e estaduais, têm impacto direto no valor final da fatura, independentemente da atuação da distribuidora”.
O reajuste tarifário é composto por duas parcelas principais, A e B. A primeira diz respeito a custos que não são de responsabilidade da distribuidora, como encargos, transmissão e energia, que registrou variação de +7,30%. A segunda, que são custos gerenciáveis pela distribuidora, apresentou índice de +1,02%.
Adicionalmente, há os componentes financeiros - valores pagos pelos consumidores nos 12 meses subsequentes ao reajuste - que são incluídos ou retirados conforme a apuração regulatória. “Assim, neste processo, o efeito médio decorre de três ações: (i) reajuste dos custos de Parcela A e B; (ii) inclusão dos componentes financeiros atuais (-2,35%); e (iii) retirada dos componentes do ano anterior (+7,97%)”, especificou a Enel.
Notícias Relacionadas
- Prefeitos da Grande São Paulo rejeitam renovação de concessão da Enel.
- Enel faz mutirão para cliente renegociar débitos.
- Enel poderá ter contrato renovado por 30 anos após decisão da Aneel.
Com informações da Agência Brasil