O Brasil alcançou no segundo trimestre do ano uma taxa de desemprego de 5,8%, a menor já registrada desde o início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2012. Este dado integra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada recentemente. Além disso, o levantamento revela um recorde no número de empregos formais e no salário dos trabalhadores.
Comparativo de Desemprego
Até então, a menor taxa de desocupação havia sido registrada em novembro de 2024, com 6,1%. No primeiro trimestre de 2025, o índice estava em 7%, enquanto no segundo trimestre de 2024 era de 6,9%.
Emprego e Desemprego
No trimestre encerrado em julho, o Brasil contava com 102,3 milhões de trabalhadores ocupados e cerca de 6,3 milhões de desocupados. O número de pessoas em busca de trabalho caiu 17,4% em relação ao primeiro trimestre, representando uma redução de 1,3 milhão de pessoas. Por outro lado, o número de ocupados aumentou 1,8%, o que significa 1,8 milhão de pessoas a mais trabalhando no país.
O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado chegou a 39 milhões, um crescimento de 0,9% em relação ao primeiro trimestre do ano, marcando o maior número já registrado pelo IBGE. Os trabalhadores sem carteira também aumentaram (+2,6%), totalizando 13,5 milhões.
Atualização da Pesquisa
A Pnad divulgada recentemente é a primeira a apresentar ponderação baseada em dados coletados pelo Censo 2022. Esta atualização consiste em um ajuste na amostra representativa de domicílios visitados pelos pesquisadores do IBGE, prática comum entre órgãos de estatísticas ao redor do mundo.
A pesquisa do IBGE investiga o comportamento do mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais, considerando todas as formas de ocupação, seja emprego formal, temporário ou por conta própria. Apenas é considerada desocupada a pessoa que efetivamente procura emprego. São visitados 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal.
A taxa de informalidade, que representa a proporção de trabalhadores informais na população ocupada, foi de 37,8%. Este é o menor índice desde o mesmo trimestre de 2020 (36,6%). O IBGE classifica como informais os trabalhadores sem carteira, autônomos e empregadores sem CNPJ, que não têm acesso a benefícios como seguro-desemprego, férias e décimo-terceiro salário.
O número de desalentados, pessoas que não procuram emprego por acreditarem que não conseguirão, fechou o segundo trimestre em 2,8 milhões, o menor nível desde 2016.
Rendimentos
O aquecimento do mercado de trabalho reflete-se no bolso dos trabalhadores. O IBGE revelou que o rendimento médio mensal atingiu R$ 3.477, o maior já registrado. Este valor é 1,1% superior ao do primeiro trimestre do ano e 3,3% maior que o do segundo trimestre do ano anterior.
O aumento no número de pessoas ocupadas e o recorde nos rendimentos fizeram com que a massa de rendimentos – o total de dinheiro recebido pelos trabalhadores – também atingisse seu ponto mais alto, R$ 351,2 bilhões. Este montante supera em 5,9% (R$ 19,7 bilhões) o valor do mesmo trimestre de 2024, movimentando a economia através do consumo ou poupança.
Com informações da Agência Brasil