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Mercado reduz expectativas de inflação para 5,05% em 2025

(via Agência Brasil)

| Edição de 11 de agosto de 2025 | Atualizado em 11 de agosto de 2025

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O mercado financeiro, pela 11ª semana consecutiva, ajustou para baixo suas expectativas de inflação para 2025. As projeções atuais indicam que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a medida oficial da inflação no Brasil, deve encerrar o ano em 5,05%. Este percentual é ligeiramente inferior aos 5,07% previstos na semana anterior e aos 5,17% de quatro semanas atrás.

Essas informações foram divulgadas no Boletim Focus, publicado nesta segunda-feira (11) pelo Banco Central.

Para 2026, as expectativas de redução da inflação permanecem estáveis há quatro semanas, com uma projeção atual de 4,41%. Já para 2027, a expectativa é de 4%.

Embora as expectativas de inflação tenham melhorado, a previsão para 2025 ainda está acima do teto da meta estabelecida pelo Banco Central. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Assim, o limite inferior é de 1,5% e o superior, de 4,5%.

Apesar da desaceleração inflacionária recente, o índice acumulado em 12 meses atingiu 5,35%, permanecendo pelo sexto mês consecutivo acima do teto da meta de 4,5%.

Esse cenário de seis meses com inflação acima de 4,5% caracteriza um estouro da meta sob o novo regime adotado em 2024. Quando isso ocorre, o presidente do Banco Central deve enviar uma carta aberta ao ministro da Fazenda, que preside o CMN, explicando as causas do descumprimento, as medidas para trazer a inflação de volta aos limites e o prazo esperado para que essas medidas surtam efeito.

Selic

Para atingir a meta de inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, como principal ferramenta. Atualmente, a Selic está definida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. O Copom expressou preocupação com a política comercial dos Estados Unidos, o que pode levar a uma possível retomada do aumento da Selic, "caso seja necessário".

Até o momento, a estimativa dos analistas consultados permanece estável pela sétima semana consecutiva, com a Selic prevista em 15% ao final de 2025. As projeções para 2026 e 2027 também se mantêm, em 12,50% e 10,50%, respectivamente.

PIB e dólar

O mercado financeiro revisou para baixo suas expectativas de crescimento econômico, projetando um Produto Interno Bruto (PIB) de 2,21% para o final de 2025. Na semana anterior, a expectativa era de um crescimento de 2,23%, o mesmo percentual projetado há quatro semanas.

Para os anos seguintes, as projeções de crescimento do PIB são de 1,87% para 2026 e 1,93% para 2027.

As projeções para a cotação do dólar em 2026 permanecem estáveis em R$ 5,60 desde a semana passada. Há quatro semanas, a expectativa era de que o dólar terminaria o ano cotado a R$ 5,65. Para 2026 e 2027, as projeções são de que a moeda norte-americana será cotada a R$ 5,70.



Com informações da Agência Brasil