ECONOMIA

min de leitura

Ponte entre Tocantins e Maranhão que desabou há um ano é reinaugurada

(via Agência Brasil)

| Edição de 22 de dezembro de 2025 | Atualizado em 22 de dezembro de 2025

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

A nova ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que conecta Aguiarnópolis, no Tocantins, a Estreito, no Maranhão, foi oficialmente aberta ao tráfego nesta segunda-feira (22), logo após as 12h30. A inauguração ocorre um ano após o trágico desabamento que resultou em 18 vítimas, incluindo 14 mortos, um ferido e três desaparecidos.

A cerimônia contou com a presença de Renan Filho, ministro dos Transportes, e dos governadores Carlos Brandão, do Maranhão, e Wanderlei Barbosa, do Tocantins.

A nova estrutura possui 630 metros de comprimento, 19 metros de largura e um vão livre de 154 metros. A ponte dispõe de duas faixas de rolamento de 3,6 metros cada, dois acostamentos de três metros, barreiras de proteção e passagem para pedestres.

O investimento do governo federal na construção foi de aproximadamente R$ 172 milhões.

Testes Estruturais

No último fim de semana, foram realizados cerca de 20 horas de testes para assegurar a segurança da estrutura. Oito caminhões betoneira, cada um pesando em média 30 toneladas, foram utilizados nos testes. Os veículos atravessaram a ponte em diferentes velocidades, enquanto sensores mediam a trepidação e a resposta estrutural.

Histórico de Colapso

Construída nos anos 1960, a antiga ponte passou por reparos em 2021, mas continuou apresentando problemas até colapsar em dezembro do ano passado. O desabamento resultou na queda de três motos, um carro, duas caminhonetes e quatro caminhões no Rio Tocantins, incluindo dois caminhões que transportavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e 22 mil litros de defensivos agrícolas.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) iniciou uma sindicância para apurar as causas e responsabilidades pelo desabamento, mas a investigação ainda não foi concluída.

A Polícia Federal também investiga o caso. Um laudo divulgado em julho apontou causas como sobrecarga, deformação do concreto, perda de resistência e acúmulo de veículos, além de manutenção e reformas inadequadas.

O documento destaca que o Dnit decidiu manter “um tráfego superior ao projetado para a ponte ao longo das últimas décadas”. O inquérito segue em andamento.

Em nota, o DNIT afirmou colaborar ativamente com as investigações e que uma Investigação Preliminar Sumária foi aberta na Corregedoria para apurar as causas do colapso, determinar os prejuízos e quantificar os danos.

O Departamento também contratou o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo para elaborar um relatório externo sobre as causas do colapso da ponte.



Com informações da Agência Brasil