ECONOMIA

min de leitura

Reunião com secretário de Tesouro dos EUA foi cancelada, diz Haddad

(via Agência Brasil)

| Edição de 11 de agosto de 2025 | Atualizado em 11 de agosto de 2025

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

A reunião agendada para esta quarta-feira (13) entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, foi cancelada. Segundo Haddad, o cancelamento se deve a uma articulação da extrema-direita norte-americana.

Em entrevista à GloboNews na segunda-feira (11), Haddad afirmou: "A militância antidiplomática dessas forças de extrema direita que atuam junto à Casa Branca teve conhecimento da minha fala, agiu junto a alguns assessores, e a reunião virtual que seria na quarta-feira foi desmarcada".

Na semana anterior, Haddad havia mencionado que Bessent o procurou para discutir o tarifaço imposto pelo governo Donald Trump sobre produtos brasileiros. Inicialmente, o encontro ocorreria por videoconferência, com a possibilidade de uma reunião presencial posteriormente.

"A assessoria do secretário Bessent fez contato conosco ontem [quarta-feira, 30] e, finalmente, vai agendar uma segunda conversa. A primeira, como eu havia adiantado, foi em maio, na Califórnia. Haverá agora uma rodada de negociações e vamos levar às autoridades americanas nosso ponto de vista", disse Haddad no último dia 31.

Haddad foi informado do cancelamento por e-mail, "um ou dois dias depois" de o próprio secretário do Tesouro dos EUA ter anunciado a reunião à imprensa. O ministro considera que a motivação do cancelamento é política, não econômica.

"Agiram junto a alguns assessores do presidente Trump, e a reunião com ele, que seria virtual na quarta-feira, foi desmarcada e não foi remarcada até agora", comentou Haddad. "Argumentaram falta de agenda. Uma situação bem inusitada. O que fica claro para nós é que a questão comercial não está em foco", afirmou.

O ministro da Fazenda destacou que o Brasil está recebendo um tratamento diferenciado em comparação a outros países e blocos econômicos que conseguiram negociar com o governo de Donald Trump, como a União Europeia, o Japão e a Coreia do Sul.



Com informações da Agência Brasil