ECONOMIA

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Vendas no comércio recuam 0,1% em junho, 3º mês seguido de queda

(via Agência Brasil)

| Edição de 13 de agosto de 2025 | Atualizado em 13 de agosto de 2025

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O comércio brasileiro registrou uma leve retração de 0,1% nas vendas de maio para junho, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) nesta quarta-feira (13). Este é o terceiro mês consecutivo de queda, somando-se aos recuos de 0,4% em maio e 0,3% em abril, resultando em um declínio acumulado de 0,8% desde o pico histórico alcançado em março deste ano.

No entanto, ao considerar o primeiro semestre de 2025, o comércio ainda apresenta um crescimento acumulado de 1,8%, e um aumento de 2,7% no acumulado dos últimos 12 meses. Comparando com junho de 2024, houve um crescimento de 0,3%.

Estabilidade com Tendência de Baixa

Cristiano dos Santos, gerente da pesquisa, aponta que o comportamento dos últimos três meses reflete uma estabilidade com viés de baixa. Ele destaca que a desaceleração é lenta, influenciada pela redução do crédito devido à alta taxa de juros e à inflação.

"No geral, nesse primeiro semestre, a gente tem esse comportamento, um grande crescimento a ponto de chegar no topo em março, com esse arrefecimento, que está sendo bem lento", analisa Santos.

O Banco Central tem adotado a estratégia de aumentar a taxa de juros como forma de controlar a inflação, que se mantém acima da meta do governo de 3% ao ano, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Impactos no Emprego e Renda

Apesar dos desafios, o mercado de trabalho apresenta sinais positivos. Em junho, a taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,8%, a menor já registrada desde o início da série histórica do IBGE em 2012. Este cenário favorece o consumo, sustentado pelo aumento do rendimento dos trabalhadores.

Desempenho por Segmento

Das oito atividades pesquisadas pelo IBGE, cinco apresentaram retração de maio para junho:

  • Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,7%)
  • Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,5%)
  • Móveis e eletrodomésticos (-1,2%)
  • Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,9%)
  • Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,5%)

Em contrapartida, os segmentos que registraram crescimento foram:

  • Outros artigos de uso pessoal e doméstico (1%)
  • Tecidos, vestuário e calçados (0,5%)
  • Combustíveis e lubrificantes (0,3%)

A pesquisa do IBGE abrange empresas formalizadas com 20 ou mais funcionários.

Comércio Varejista Ampliado

No comércio varejista ampliado, que inclui atividades de atacado como veículos, motos, partes e peças, material de construção, e produtos alimentícios, bebidas e fumo, o indicador recuou 2,5% de maio para junho, mas ainda assim marca uma expansão de 2% no acumulado de 12 meses.



Com informações da Agência Brasil