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Alvo de agressão, Cássio teme tragédia no futebol

Estadão Conteúdo

| Edição de 14 de julho de 2022 | Atualizado em 14 de julho de 2022

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Alvo principal das agressões feitas por parte da torcida do Santos na final do jogo de quarta-feira (13), na Vila Belmiro, contra o Corinthians, o goleiro Cássio deixou transparecer toda a sua preocupação com o atual momento vivido pelo futebol brasileiro.

“Não podemos normalizar o que aconteceu ontem (quarta-feira) na Vila Belmiro. Estivemos diante de uma possibilidade bem grave. Atitudes precisam ser tomadas antes que aconteça alguma tragédia. Quero aqui agradecer o apoio e as manifestações que recebi. Em especial fica meu agradecimento aos jogadores do Santos que se posicionaram, de forma contrário ao fato. A união dos jogadores, independentemente de qual camisa vestem, nos dá esperança de que é possível melhorar nosso futebol, desde que haja boa vontade de todos os envolvidos. Um grande abraço a todos”, escreveu o capitão do time do Corinthians nesta quinta (14).

Cássio tomou uma ‘voadora’ (pontapé) de um torcedor, que foi agarrado por seguranças, perto da área do gol de entrada da Vila Belmiro. Na sequência, o goleiro, quando se dirigia para o vestiário do outro lado do campo, só não foi agredido mais uma vez porque o agressor acabou impedido pelas várias pessoas que estavam próximas do atleta. 

O Santos pode sofrer uma punição pesada do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por conta da violência dos torcedores. “Vamos avaliar a súmula do jogo que pode relatar algo que não foi pego pelas câmeras. O Grêmio tomou dez perdas de mando (pela invasão de torcedores no gramado na última rodada do Brasileirão de 2021), mas depois cumpriu cinco e houve conversão”, explica o procurador do STJD, Ronaldo Piacente. 

Em nota, o Santos repudiou a violência protagonizada por alguns dos seus torcedores. Em comunicado, a diretoria santista disse que identificou os torcedores detidos pela polícia, prometeu expulsar um deles do quadro de sócios e avisou que poderá tomar medidas judiciais contra eles. O clube classificou ainda este grupo de “vândalos travestidos de torcedores” e “marginais”.