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E-sports no JUBs: atletas avaliam prós e contras da profissionalização

(via Agência Brasil)

| Edição de 11 de outubro de 2025 | Atualizado em 11 de outubro de 2025
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Os e-sports marcaram presença nos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs) 2025, trazendo consigo a paixão das torcidas e a competitividade das finais. Assim como em outras modalidades, muitos jovens sonham em se tornar profissionais desde cedo. No entanto, a rotina de um jogador profissional de e-sports está longe de ser simples.

"Acordo às oito da manhã e, a partir das 10h, já começamos a preparação. Depois do almoço, o treino vai de uma da tarde até as oito da noite. Jogamos, assistimos novamente as partidas e discutimos as boas e más jogadas", relata David Luiz, conhecido como Rosa, estudante do terceiro período de Sistemas de Informação na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e campeão de League of Legends no JUBs 2025.

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"É uma carreira que, querendo ou não, não tem muita longevidade, os jogadores profissionais acabam perdendo desempenho por volta dos 24 anos", pontua David Luiz, estudante do terceiro período de Sistemas de Informação na UTFPR - Celio Júnior/CBDU/Direitos Reservados

David Luiz destaca que, apesar das oportunidades financeiras, a carreira de jogador profissional de e-sports é curta, com muitos atletas perdendo desempenho por volta dos 24 anos. "Você pode ganhar muito dinheiro, com jogadores famosos recebendo cerca de 100 mil reais por mês. Mas, ao tentar alcançar esse nível, posso perder tempo que poderia ser dedicado a estágios ou especializações. É uma decisão difícil", pondera.

No JUBs, os atletas jogam pelo título de forma descontraída, sem deixar de lado os estudos. No entanto, no cenário profissional, a pressão é constante. "Se você não se destaca mais e seu contrato termina, você pode ser substituído. É preciso estar sempre se reinventando e melhorando para jogar em times grandes. A cobrança vem não só do time, mas também dos fãs", explica David Luiz.

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Washington Wu já foi profissional de e-sports, recebeu convite para jogar no exterior, mas optou por seguir na área acadêmica - Célio Júnior/CBDU/Direitos Reservados

Washington Wu, conhecido como Washin, fez o caminho inverso. Já foi profissional e recebeu convites para jogar na Coreia do Sul, mas optou por seguir na área acadêmica. "Com jornadas de 16, 17 horas de jogo por dia, ficou cansativo. Decidi parar e buscar uma carreira profissional estável", afirma Washin.

Para Sergio Medeiros, coordenador de e-sports da Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU), os e-sports exigem constante atualização e preparação mental para lidar com a pressão. "Os e-sports são mentalmente desgastantes, e é preciso estar preparado para o ambiente de pressão", ressalta.

Washington Wu aconselha: "Não se deixem afetar pela pressão. Aproveitem a vida, pois sempre haverá um caminho para o sucesso".

* Maurício Costa viajou a Natal à convite da CBDU.



Com informações da Agência Brasil