Robson Sampaio de Almeida foi oficialmente reconhecido como Patrono do Paradesporto Brasileiro. A Lei 15.238, sancionada pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta sexta-feira (24).
Natural de Alagoas, Robson foi um dos pioneiros do Movimento Paralímpico no Brasil, tendo participado da conquista da primeira medalha brasileira em Jogos Paralímpicos, em 1976, em Toronto, Canadá. A medalha de prata foi conquistada na modalidade Lawn Bowls, precursora da bocha na grama, ao lado de Luiz Carlos.
Em depoimento ao programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, Michele Barreto, doutora em Educação Física na área de Atividade Física Adaptada, destacou que a medalha foi conquistada em um período em que o movimento paralímpico ainda estava em seus primórdios: “Naquele momento, como a ideia era a participação [do Brasil nos Jogos], a organização dos Jogos não era tão rígida. A prioridade de permitir a participação era o mais interessante. Então os atletas brasileiros, e ouvi isso do próprio atleta medalhista Luiz Carlos, não conheciam a modalidade Lawn Bowls. Eles foram para competir na natação e no basquete, modalidades que até então eram desenvolvidas no país, e chegando lá eles viram o jogo. Existia um kit específico de Lawn Bowls que os atletas do Brasil não tinham, e pegaram emprestado e trouxeram a primeira medalha de prata do Brasil”.
Robson teve contato com o basquete em cadeira de rodas durante seu processo de reabilitação nos Estados Unidos e, em 1958, fundou, junto com o técnico Aldo Miccolis, o Clube do Otimismo no Rio de Janeiro. A organização foi criada dois anos antes da primeira edição dos Jogos Paralímpicos, em Roma, Itália, em 1960, ainda sem a participação brasileira.
O Patrono do Paradesporto Brasileiro também integrou a primeira delegação do Brasil em Jogos Paralímpicos, em Heidelberg, Alemanha, participando das competições de basquete em cadeira de rodas e atletismo.
Com informações da Agência Brasil