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Caminhos da Reportagem mostra o que tirou o Brasil do Mapa da Fome

(via Agência Brasil)

| Edição de 15 de setembro de 2025 | Atualizado em 15 de setembro de 2025

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O que fez o Brasil sair do Mapa da Fome é o tema do Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, nesta segunda-feira (15). O programa explora como o país conseguiu superar a fome e o que é necessário para evitar um retrocesso.

Um anúncio aguardado há anos finalmente foi feito nos últimos dias de julho de 2025: o Brasil está fora do Mapa da Fome, conforme a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Isso significa que atualmente menos de 2,5% dos brasileiros estão subnutridos.

Deixar o Mapa da Fome requer um conjunto de ações.

“O primeiro é ter decisão política, ou seja, colocar a questão da fome como prioridade na política nacional. O segundo aspecto é a articulação intersetorial para resolver o problema. Um terceiro fator crucial é a disponibilidade financeira. E também há a participação social. Não é possível erradicar a fome sem solidariedade”, resume o representante da FAO no Brasil, o equatoriano Jorge Meza.

Essa foi a segunda vez que o país atingiu a meta da ONU. A primeira foi em 2014. Mas por que a fome voltou a ser um problema? “Porque desmantelaram os programas”, afirma o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Wellington Dias.

“Com o retrocesso que tivemos nos anos do governo Bolsonaro, Temer-Bolsonaro, voltamos a discutir essa questão do ponto de vista político e governamental”, complementa a professora de Nutrição da Universidade de Brasília, Anelise Rizzolo.

Existem três graus de insegurança alimentar. No leve, a família consegue garantir quantidade e qualidade, mas não sabe até quando. No moderado, a família já reduziu a quantidade ou a qualidade dos alimentos. No grave, falta comida.

Para entender como o Brasil saiu do Mapa da Fome e o que precisa ser feito para erradicar a insegurança alimentar, o Caminhos da Reportagem foi ao interior do país. No semiárido baiano, em algumas das cidades mais pobres do estado, nossa equipe testemunhou iniciativas que evitam agrotóxicos e ultraprocessados, valorizando produtos locais.

Em Umburanas, um grupo de mulheres se uniu para produzir alimentos saudáveis.

“Vimos a necessidade de nos unir para agregar valor ao que já fazíamos, que era agricultura familiar”, explica a presidente da Associação Mulheres do Sertão, Daiana Santana. A associação promove roças coletivas, perfura poços artesianos e doa legumes e verduras para quem não consegue produzir.

A 370 quilômetros dali, no município de Uauá, o agricultor Alcides Peixinho e seu grupo conciliam lavoura com a recuperação da Caatinga. “Temos a coroa de frade e o próprio mandacaru com receitas voltadas como alimento. O xique-xique também”, conta Peixinho.

Organizados, os moradores da região superaram a pobreza. Isso não significa que a batalha foi vencida. Segundo o ministro do Desenvolvimento Social, 3,6 milhões de brasileiros ainda enfrentam insegurança alimentar grave. “É nossa missão tirar essas pessoas da fome”, diz Wellington Dias.

Segundo o ministro, outra tarefa tão importante quanto essa é evitar que as pessoas que saíram do Mapa da Fome voltem a frequentá-lo.

As soluções implementadas pelo governo, os bons exemplos da sociedade civil e a avaliação de especialistas no assunto podem ser conferidos no episódio “O que tirou o Brasil do Mapa da Fome?”.

O programa vai ao ar nesta segunda-feira (15), às 23h, na TV Brasil.



Com informações da Agência Brasil