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Memorial na Barra da Tijuca homenageia congolês Moïse, morto em 2022

(via Agência Brasil)

| Edição de 30 de junho de 2025 | Atualizado em 01 de julho de 2025

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Um memorial foi inaugurado na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, em homenagem ao jovem congolês Moïse Mugenyi Kabagambe. O busto, localizado no quiosque Dumar, é parte das ações indenizatórias movidas pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro, que tem representado a família de Moïse desde o início do caso.

Em 24 de janeiro de 2022, Moïse, com apenas 24 anos, foi brutalmente espancado até a morte no quiosque Tropicália, após exigir o pagamento de três dias de trabalho. A violência, capturada por câmeras de segurança, gerou uma onda de indignação e mobilização de movimentos sociais, entidades de direitos humanos e da sociedade civil em busca de justiça.

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A escolha do dia 30 de junho para a inauguração do memorial não foi ao acaso, pois coincide com a data de independência da República Democrática do Congo, país natal de Moïse. Para Lotsove Lolo Lavy Ivone, mãe de Moïse, o memorial é um símbolo de resistência e memória.

“É muito difícil estar aqui, onde tudo aconteceu. São muitas memórias. A gente acha que a dor vai diminuir, mas não diminui. Ainda assim, é importante que a história do meu filho não seja esquecida. Espero que este lugar se torne um espaço de acolhimento, um lugar para outras pessoas refugiadas”, disse Ivone.

Defensoria

O Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh) da Defensoria Pública do Rio de Janeiro está à frente da defesa da família de Moïse, tanto na esfera criminal quanto cível. Além de acompanhar o processo penal, a instituição move uma ação indenizatória por danos morais.

Em março de 2025, dois dos três acusados pelo crime, Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca e Fábio Pirineus da Silva, foram condenados por homicídio triplamente qualificado. O terceiro réu, Brendon Alexander Luz da Silva, conhecido como Tota, será julgado separadamente, conforme sua solicitação.

Marcos Paulo Dutra Santos, coordenador do Nudedh, reafirmou o compromisso da Defensoria no combate ao racismo estrutural, destacando que essa é uma pauta prioritária e uma luta inegociável para a instituição.



Com informações da Agência Brasil