Na manhã desta quarta-feira (23), integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam a sede da Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em São Paulo. A ocupação visa pressionar o governo federal a implementar políticas estruturantes para o campo.
Essa ação faz parte da Jornada Nacional de Lutas 2025, que ocorre em 24 estados e no Distrito Federal, com o tema "Lula, cadê a Reforma Agrária?".
Conforme o MST/SP, a pauta deste ano inclui a liberação de créditos do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA/Conab), ampliação dos limites de compra por cooperativas e famílias assentadas, acesso universal ao Pronaf A e A/C com facilitação nos trâmites e renegociação de dívidas, além de assistência técnica permanente para viabilizar a produção de alimentos saudáveis e estruturantes agroindustriais.
Habitação e Assentamentos
Outros temas em discussão são a habitação no campo, com construção e reforma de casas em assentamentos, e a inclusão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Além disso, o MST demanda o assentamento imediato de mais de 5 mil famílias acampadas em São Paulo, algumas aguardando há mais de duas décadas.
“A agricultura no estado de São Paulo é capitalista e marcada pela monocultura e industrialização, e não produz comida de verdade. É a agricultura familiar que assegura a base alimentar da população brasileira e, por isso, a ação de hoje exige que o Estado reconheça o papel estratégico da reforma agrária e da agricultura familiar para o desenvolvimento justo e sustentável do campo e que cumpra os compromissos assumidos com o povo sem terra”, afirma o MST.
A Superintendência do Incra em São Paulo aguarda o recebimento da pauta do MST para avaliar as reivindicações. Já a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo ainda não se manifestou.
Com informações da Agência Brasil