A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse nesta quinta-feira (7) que a justiça climática passa pelo fato de os países desenvolvidos que se beneficiaram mais com a emissão de gás carbônico no passado financiarem as medidas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Marina participou do evento “Justiça climática em tempos de transformação”, no Museu do Amanhã, na região central do Rio de Janeiro.
![Imagem ilustrativa da imagem Países que causaram mais impactos devem compensar mais, diz Marina](https://cdn.tribunadonorte.com/img/inline/840000/0x484/Rendimento-per-capita-do-DF-e-quase-o-dobro-da-med-00840621-0-202402281257.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.tribunadonorte.com%2Fimg%2Finline%2F840000%2FRendimento-per-capita-do-DF-e-quase-o-dobro-da-med-00840621-0-202402281257.png%3Fxid%3D1197276&xid=1197276)
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“No contexto da mudança do clima, qual a grande injustiça que está acontecendo? Aqueles que transformaram mais a natureza para gerar riqueza, tecnologia, produtos para que isso acontecesse, geraram mais emissões de CO2. Causaram mais impacto ambiental e aumentaram o problema. Se é para ser justo, eles têm que pagar mais, compensar mais”, disse a ministra.
Segundo ela, aqueles que criaram menos problemas e impactaram menos devem contribuir de uma forma menor do ponto de vista do esforço e devem ser compensados pelos recursos do ponto de vista financeiro e tecnológico.
Ela destacou que se os países do G20 (grupo dos 19 países mais ricos do mundo, mais a União Europeia e a União Africana) decidirem fazer a sua parte, o ponteiro das mudanças climáticas “gira em benefício da humanidade”.
Marina ressaltou que a ciência, ao determinar que a temperatura global não exceda 1,5 graus Celsius, e a sociedade civil do mundo inteiro estão fazendo bem a sua parte no enfrentamento às emergências climáticas. “Quem está no déficit são os governos e as empresas”.
Segundo a ministra, a agenda da transformação tem ganhado muita força. “Não basta mitigar e adaptar. É preciso transformar o modelo de desenvolvimento para que a gente possa fazer frente aos problemas e não ficar apenas enxugando gelo e apagando fogo”, concluiu.