Uma operação da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ) contra o tráfico de drogas na comunidade Bateau Mouche, localizada na Estrada do Mato Alto, na Praça Seca, zona oeste da cidade, trouxe transtornos para a rotina dos moradores locais.
Nesta segunda-feira (21), as principais linhas de ônibus que atravessam a região, com destino a Jacarepaguá e, no sentido oposto, em direção a Campinho e Cascadura, tiveram que suspender o serviço devido a um intenso tiroteio. Os moradores, em protesto, queimaram lixo e pneus para bloquear a entrada dos militares. A Estrada do Mato Alto, que corta o bairro, permaneceu fechada por mais de 50 minutos.
Agentes do 18º batalhão da Polícia Militar realizaram a operação para verificar informações obtidas pelo setor de inteligência da unidade. De acordo com o comando, os policiais foram recebidos a tiros por criminosos armados. O confronto resultou em quatro homens feridos, acusados de atacar as equipes da corporação.
Entre os feridos estava Rubens Carneiro Cerqueira, conhecido como Rubinho, que estava foragido e tinha um mandado de prisão em aberto expedido pela Justiça do Rio. Rubinho é apontado como líder da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP) na comunidade e é acusado de envolvimento em um triplo homicídio ocorrido no final de 2024, em Paty do Alferes, no sul fluminense. Nesta ação criminosa, uma família foi executada a tiros dentro de um estabelecimento comercial.
Com os criminosos, foram apreendidos três fuzis e uma pistola. Os feridos foram levados ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas um deles, que era segurança de Rubinho, não resistiu. Os demais permanecem internados sob custódia policial.
O porta-voz da PM, major Maicon Pereira, afirmou que a polícia tinha informações sobre um baile funk que ocorria na comunidade.
“Durante a ação, houve o fechamento da via para que pudéssemos atuar e para que os ocupantes dos ônibus não fossem atingidos durante o confronto. O policiamento está reforçado na região”, acrescentou.
Impacto no Transporte
A operação afetou os serviços de ônibus na região. A empresa Mobi-Rio, responsável pelo serviço de ônibus articulados que passam pela Praça Seca, informou que os veículos deixaram de circular por mais de 30 minutos, por questões de segurança. Segundo o Sindicato das Empresas de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro, os ônibus municipais que atendem à região da Praça Seca também precisaram alterar seus itinerários. O Centro de Operações Rio (COR) recomendou o uso de rotas alternativas para acessar os bairros do Tanque e da Taquara, como a Estrada Intendente Magalhães e a Estrada do Catonho.
O Centro Municipal de Saúde da prefeitura do Rio, que atende os moradores da região, teve que suspender o atendimento por medida de segurança.
Com informações da Agência Brasil