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Ataques de animais peçonhentos geram alerta na área da 16ª RS

Cindy Santos

| Edição de 24 de julho de 2025 | Atualizado em 24 de julho de 2025

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Por semana, uma média de quatro pessoas são atacadas por animais peçonhentos, na região. Levantamento da 16ª Regional de Saúde (RS) de Apucarana aponta que, de janeiro até esta quinta-feira (24), foram 132 notificações de acidentes do tipo em 15 municípios da área de abrangência da regional, que atende 17 cidades no total. O órgão está ampliando a disponibilização dos soros junto aos municípios.

A maior incidência de casos está relacionada a ataques de aranhas, com 39 notificações, e escorpiões, com 37. Em seguida aparecem as picadas de serpentes que fizeram 23 vítimas, e de abelhas, com 17 casos.

Os municípios com maior número de ataques são Apucarana, com 41, Jandaia do Sul, com 19, e São Pedro do Ivaí, com 15. Bom Sucesso e Grandes Rios não tiveram registros. Diante do índice, uma reunião foi convocou pela direção da 16ª RS com representantes dos 17 municípios para tratar do assunto. O tema também entrou em pauta, devido ao acidente com um escorpião amarelo que resultou na morte de uma criança de 3 anos em Cambará, na semana passada.

O diretor da 16ª RS, Lucas Leugi, manifestou sua preocupação com o índice e anunciou que vai ampliar a disponibilização dos soros antiveneno na área da regional. Atualmente somente Apucarana, Arapongas, Kaloré e São Pedro do Ivaí têm o medicamento.

“Felizmente não tivemos óbitos na região de Apucarana, mas é preciso que todas as equipes da saúde pública dos municípios estejam orientadas e treinadas para atuar com rapidez em situações deste tipo. A partir de agora, vamos ampliar a oferta do soro para mais pontos de atendimento, levando as doses para cidades que ficam mais distantes, tais como Grandes Rios, Borrazópolis e Faxinal, entre outras”, afirmou.

Ele acrescenta que todas cidades terão que dispor de geladeiras científicas, além de técnicos treinados para atuar nestes casos. “Um documento está sendo formatado para ser avaliado por todos os municípios e, na sequência, ser oficializada a adesão”, informou.

ESCORPIÕES

Cacilda Maria do Prado, da Seção de Vigilância Epidemiológica, explicou que a gravidade dos ataques de escorpiões depende da espécie e da quantidade de veneno injetada. A picada é dolorosa e pode ser acompanhada por outros sintomas.

Em caso de ataque, a recomendação é procurar imediatamente o hospital de referência mais próximo. Se possível, levar o animal ou uma foto para identificação da espécie. Limpar o local da picada com água e sabão pode ajudar, desde que não atrase a ida ao serviço de saúde.

O soro antiescorpiônico é disponibilizado em hospitais de referência do Sistema Único de Saúde (SUS) e também em Unidades Básicas de Saúde de alguns municípios. Na maioria dos casos, não há necessidade de utilizar o antiveneno, mas a recomendação é sempre procurar uma unidade de saúde rapidamente para uma avaliação e encaminhamento a um hospital de referência, principalmente no caso de crianças. (COM ASSESSORIA)

Sintomas são imediatos

A grande maioria dos acidentes com escorpião não apresenta gravidade significativa. Os acidentados geralmente experimentam dor imediata, vermelhidão e inchaço devido ao acúmulo de líquido, piloereção (pelos em pé) e sudorese (suor), que desaparecem rapidamente. Em crianças pequenas, os sintomas podem ser mais intensos e as consequências mais graves.

Para se prevenir dos ataques de escorpiões e também outros animais peçonhentos use telas em ralos de chão, pias e tanques, vede as frestas nas paredes e debaixo de portas e, principalmente, mantenha jardins e quintais livres de entulhos, folhas secas e lixo.