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Segunda edição do CNU atrai servidores em busca de cargos melhores

(via Agência Brasil)

| Edição de 05 de outubro de 2025 | Atualizado em 05 de outubro de 2025
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O Distrito Federal se destacou na segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU 2025), sendo responsável por cerca de 80% da ocupação das 3.652 vagas disponíveis. O concurso atraiu tanto servidores que buscam melhores cargos quanto iniciantes na carreira pública.

Os candidatos estão de olho nos salários mais altos e na carga horária atraente, além da oportunidade de transformar um cargo temporário em uma posição definitiva.

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 A arqueóloga Lívia Blandina, 40 anos, tenta uma vaga no Bloco Temático 2 do CNU (Cultura e Educação). Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Lívia Blandina, arqueóloga de 40 anos e ocupante de um cargo temporário no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), chegou cedo para disputar uma vaga no Bloco Temático 2 do CNU, focado em Cultura e Educação. Vinda do interior de Pernambuco, ela se mudou para Brasília no ano passado ao assumir seu posto temporário.

“Após o concurso do ano passado, continuei estudando. Já estou acostumada a um ritmo de quatro horas diárias de estudo, mas para o CNU, me preparei desde julho”, explica Blandina, que encontra maior dificuldade nas questões de estatística do Bloco 2.

Falta de crescimento

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Candidata aguarda para entrar no local onde fará a prova objetiva do Concurso Público Nacional Unificado (CNU). Foto:  Valter Campanato/Agência Brasil

Até mesmo servidores experientes estão participando do CNU 2025. Rosana Silva, professora concursada há 12 anos na rede pública do Distrito Federal, busca uma vaga no Bloco 5 (Administração). Ela cita a falta de perspectivas de crescimento e o excesso de trabalho em casa como motivos para tentar uma posição no governo federal.

“Dou aula de português para 200 alunos e acabo corrigindo redações em casa. Na prática, trabalho mais em casa do que na escola”, desabafa Rosana, que estuda nos fins de semana e feriados através de um cursinho online. Ela almeja uma vaga no Poder Judiciário, independentemente do resultado no CNU.

Rosana também critica a falta de valorização e de um plano de carreira sólido para professores. “Tenho especialização e mestrado, mas ganho R$ 8 mil líquidos. Um professor com doutorado recebe cerca de R$ 13 mil. Parece muito, mas é pouco para o esforço e preparação exigidos”, afirma.

Matemática

O CNU também atrai candidatos fora do serviço público. Fabiano Schelb, recém-formado em direito, deseja trabalhar em um tribunal e vê no Bloco 7 (Justiça e Defesa) uma oportunidade de ingressar no Poder Executivo enquanto se prepara para o Judiciário.

“Quem estudou direito tem certa vantagem”, diz Schelb, que chegou ao local da prova em Brasília pouco antes do meio-dia. Ele relata que a experiência na primeira edição do CNU foi útil, mas destaca a dificuldade com matemática. “Fui bem em direito e português, mas só acertei duas questões de matemática. Este ano, estou mais preparado”, conclui o recém-formado.



Com informações da Agência Brasil