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Segurança da Cúpula do Brics terá esquema semelhante à do G20

(via Agência Brasil)

| Edição de 02 de julho de 2025 | Atualizado em 02 de julho de 2025

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A segurança durante a 17ª Reunião de Cúpula do Brics, marcada para ocorrer no Rio de Janeiro nos dias 6 e 7 de julho, será conduzida de forma similar àquela implementada na Cúpula do G20, realizada na mesma cidade em novembro do ano passado.

O Comando Operacional Conjunto Redentor, composto pela Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira, apresentou nesta quarta-feira (2) o contingente que será mobilizado. Essas forças atuarão em conjunto com diversas agências e órgãos de segurança pública.

Equipamentos e Estratégias

Segundo o general de brigada Lucio Alves de Souza, assessor especial do comando operacional, os equipamentos utilizados serão os mesmos da Cúpula do G20, conforme orientação do Ministério da Defesa. "Nós vamos usar os mesmos equipamentos. Isso foi uma orientação do Ministério da Defesa, de que o planejamento fosse semelhante ao que foi empregado no G20, tendo em vista que ele funcionou, então, não tinha sentido diminuir nada. O que aconteceu foram pequenos ajustes", explicou.

Entre os equipamentos a serem utilizados pelas Forças Armadas estão 361 viaturas, 147 motocicletas, 68 viaturas sobre rodas, 38 viaturas blindadas, dez navios, nove embarcações, oito helicópteros, três radares e seis equipamentos antidrone.

Novidades na Segurança

Uma novidade será a mobilização de aeronaves equipadas com mísseis, algo que não ocorria desde os Jogos Olímpicos de 2016. "O míssil acaba sendo um equipamento a mais que a aeronave dispõe para cumprir a missão dela", destacou André Gustavo Fernandes Peçanha, chefe do subdepartamento de Operações do Departamento de Controle de Espaço Aéreo.

Os antidrones também serão utilizados, capazes de neutralizar ataques por drones, uma estratégia já testada na Cúpula de Líderes do G20. "Se nós tivermos uma situação como uma constelação de drones [grupo de drones operando em conjunto], ele tem capacidade de interromper todos os drones ao mesmo tempo", afirmou Souza.

Proteção e Segurança

As Forças Armadas e os órgãos de segurança pública estarão empenhados em garantir a segurança desde o Aeroporto do Galeão até os locais de hospedagem, bem como nos trajetos até o evento e nos retornos. Além disso, haverá proteção de infraestruturas críticas, segurança cibernética e defesa química, biológica, radiológica e nuclear.

A Marinha será responsável pela proteção de áreas marítimas e costeiras, disponibilizando Carros Lagarta Anfíbio (CLAnf) para situações de emergência.

Percepção de Risco

Questionado sobre o nível de risco da reunião dos BRICS, Souza afirmou que todos os eventos são tratados com a mesma seriedade. "É tão arriscado quanto todos os outros, porque basta um erro da nossa parte para a gente ter um incidente que joga o planejamento todo por água abaixo", disse.

Inspeções de Segurança

Paralelamente, a Polícia Federal está realizando varreduras nos veículos oficiais que transportarão as autoridades, com o objetivo de identificar e neutralizar ameaças. A ação envolve policiais federais especializados e cães farejadores, e inclui inspeções em edificações e hotéis que receberão os participantes.

Sobre o Brics

O Brics é um bloco que reúne 11 países-membros permanentes, incluindo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além de outros países-parceiros. A 17ª Reunião de Cúpula do Brics ocorrerá no Rio de Janeiro nos dias 6 e 7 de julho.



Com informações da Agência Brasil