A região metropolitana de São Paulo enfrentou chuvas e ventos fortes desde o final da manhã até o meio da tarde desta sexta-feira (12). Embora a chuva tenha sido menos intensa do que nos dias anteriores, o número de pessoas sem energia elétrica voltou a crescer na região.
A concessionária Enel informou inicialmente que 600 mil clientes estavam sem energia. Com as chuvas, provocadas por um sistema de baixa pressão, esse número subiu para 750 mil. Na última verificação no site da concessionária, às 19h30, cerca de 710 mil clientes ainda estavam sem abastecimento. Os bombeiros relataram 175 ocorrências de queda de árvores nesta sexta-feira.
Alguns clientes estão recebendo mensagens da concessionária informando que seus problemas são de “difícil resolução”. Parte deles espera há mais de 48 horas por uma solução, como é o caso dos moradores de um condomínio na Raposo Tavares, que ainda enfrentam dificuldades.
Devido à falta de energia, grupos de moradores têm se mobilizado e protestado, interrompendo o trânsito em algumas áreas. No Jardim de Abril, moradores atearam fogo a pneus, bloqueando a Avenida Politécnica, na zona oeste. No centro da cidade, moradores do Bixiga protestaram perto da Avenida Nove de Julho, e um grupo de 50 pessoas fechou a Avenida Brigadeiro Luís Antônio.
Durante o dia, o prefeito da capital, Ricardo Nunes, criticou a empresa por ter menos de 50 veículos realizando reparos nas ruas. A assessoria da Enel, no entanto, afirma que 1,5 mil equipes estão atuando e atribui a demora à excepcionalidade do ciclone que atingiu a região. Nunes mencionou a possibilidade de rever a concessão federal, embora não tenha apresentado alternativas concretas em seus discursos e entrevistas sobre o tema.
Com informações da Agência Brasil