Município supera médias estadual e nacional com índice de 2,6%, aponta IBGE
Apucarana alcançou a menor taxa de desemprego entre os municípios paranaenses com mais de 100 mil habitantes, conforme dados divulgados ontem pelo Governo do Estado, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes ao segundo trimestre de 2025. O índice local é de apenas 2,6%, o que coloca o município na liderança estadual e muito abaixo da média nacional, que está em 5,8%.
Com uma população de 130,1 mil pessoas, Apucarana tem uma força de trabalho de 69,7 mil. Deste total, somente 1,8 mil estão sem emprego, resultado que reflete o bom momento do mercado de trabalho local e o dinamismo da economia regional.
O prefeito Rodolfo Mota destacou o impacto positivo na vida da população. “Mais do que um número, esse resultado mostra famílias com renda, pessoas com dignidade e uma cidade que cresce com sustentabilidade,” afirmou.
Para o secretário municipal de Indústria, Comércio e Serviços, Emerson Toledo, o desempenho de Apucarana é reflexo de uma gestão moderna e eficiente. “Esse resultado é fruto de uma administração comprometida com o desenvolvimento econômico e social” destacou.
O gerente da Agência do Trabalhador, Neno Leiroz, também ressaltou a importância das políticas de qualificação profissional e intermediação de mão de obra. “Temos investido muito em cursos e capacitações para preparar nossos trabalhadores para as vagas disponíveis, aproximando as empresas das pessoas que buscam uma oportunidade. Esse esforço tem feito a diferença e garantido mais emprego e renda para a população apucaranense,” declarou.
O município de Toledo, no Oeste, aparece em seguida, com 2,7% das 85,9 mil pessoas na força de trabalho desocupadas, dentre uma população residente de 150,4 mil.
Na região Norte, além de Apucarana, outras cidades também apresentam bons resultados: Londrina (3,7%), Arapongas (3,9%) e Cambé (4,3%). Juntas, elas compõem um polo econômico importante que mantém o nível de desemprego abaixo da média nacional.
Desempenho é compatível com retomada da economia
Para o economista e secretário da Fazenda, Rogério Ribeiro, o desempenho de Apucarana é compatível com a retomada da atividade econômica pós-pandemia. “O levantamento capturou os efeitos dessa retomada que foi muito vigorosa à partir do aumento do nível de atividade dos segmentos industriais e, no caso específico de Apucarana, tivemos também um crescimento do setor de serviços que foi impulsionado com mudanças de hábitos de consumo”, analisa.
Na visão do economista, o grande desafio é a manutenção do nível de qualificação da mão de obra. Ele defende a necessidade de uma política de qualificação continuada, orientada à demanda de ocupação por parte das empresas locais. “Outra forma de ampliar a oferta de mão-de-obra para viabilizar o crescimento das empresas é o de melhoria das remunerações médias. Há casos de que muitas pessoas optam por não demandar uma ocupação por considerar a remuneração baixa. É um grande desafio para os gestores públicos e a solução ocorre somente no longo prazo, por se tratar de uma ação estruturante”, analisa.
O secretário ressalta que nos últimos anos o nível de investimento público no município se manteve abaixo de 5%. “Além de potencializar a atividade econômica e aquecer o mercado de trabalho,a reversão dessa tendência incentiva o setor privado a investir. Esse conjunto pode criar um círculo virtuoso de investimentos que promoverá o aumento do nível de ocupação”, assinala.