Apucarana registrou 24 homicídios entre janeiro e outubro deste ano, segundo dados divulgados ontem pelo 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM) e pela 17ª Subdivisão Policial (SDP), de Apucarana. No levantamento, as duas corporações destacaram que houve redução nos crimes nos últimos cinco meses na comparação com o mesmo período do começo do ano.
Foram comparados janeiro a maio com junho a outubro. Nesse recorte, segundo a PM, houve uma redução de 28,6% nos números, sendo registrados 14 homicídios no primeiro período contra 10 ocorrências dessa natureza no segundo quinquemestre.
Apesar da queda de homicídios no período analisado, o número de mortes cresceu neste ano na comparação com 2022. Em todo ano passado, Apucarana registrou 20 homicídios, segundo balanço da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-PR), o que representa um aumento de 20% faltando ainda dois meses para o final do ano.
O tenente-coronel Edvaldo Isidoro Vieira, comandante do 10º BPM, reforça a importância do trabalho em conjunto com a Polícia Civil de Apucarana que, juntos, não “mediram esforços” em busca dessa redução, por meio de diversas ações e operações policiais. “A Polícia Militar está mais próxima da comunidade, sendo possível uma maior coleta de informações”, pontuou o comandante.
Além disso, ações policiais militares visando o combate ao tráfico de drogas também auxiliam nessa queda nos últimos cinco meses. Na última semana, foi encerrada a Operação “Apucarana Segura”, que teve duração de dez dias e contou com o apoio de equipes especializadas da Rotam de Apucarana e Choque de Londrina, com o aval do 2º Comando Regional.
O delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial de Apucarana, Marcus Felipe da Rocha Rodrigues, também deu destaque à importância da atuação em conjunto, reforçando o trabalho intenso na investigação dos homicídios e “o alto índice de resoluções desses crimes”.
Além disso, afirmou o delegado, a Polícia Civil está trabalhando mais ostensivamente, com policiais nas ruas compondo com a PM nas operações de combate aos crimes contra a vida. Ele destaca ainda que os últimos homicídios ocorridos não estavam relacionados à guerra do tráfico que assolou a cidade no ano de 2022 e início de 2003, estando agora vinculados com desentendimentos familiares. Por fim, reforça a importância do lançamento conjunto da Operação Saturação, em meados de junho deste ano, que contribuiu com a redução desses números.