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Apucarana tem 1º óbito por dengue

Adriana Savicki

| Edição de 23 de abril de 2025 | Atualizado em 23 de abril de 2025

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ASecretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) confirmou nesta quarta-feira (23) o primeiro óbito por dengue em Apucarana em 2025. A vítima é uma mulher de 65 anos, com quadro de comorbidades, que morreu em março. O município soma agora 803 casos da doença, 162 a mais do que na semana passada, o que representa um aumento de 25%. O óbito é o segundo registrado na área da 16ª Regional de Saúde de Apucarana, que atingiu neste boletim 2.180 confirmações, aumento de 22,7% em relação à semana anterior. Outras cinco mortes suspeitas estão em investigação na região.

Segundo informações da Autarquia Municipal de Saúde (AMS) de Apucarana, a paciente tinha histórico médico de hipertensão arterial sistêmica (HAS) e hipotireoidismo. Ela apresentou os primeiros sintomas da doença no dia 10 de março e buscou atendimento novamente em 13 de março, já com sinais indicativos de dengue grave. Após avaliação, foi encaminhada à UPA e posteriormente ao Hospital da Providência (HP), onde faleceu em dia 15 de março.

Esse foi o segundo óbito por dengue registrado na área da 16ª RS, que compreende 17 municípios. O primeiro foi um homem de 80 anos, morador de Arapongas, que tinha hipertensão e diabetes e faleceu em 1 de março.

Segundo a Regional, também são investigadas mortes de uma mulher de 35 anos, e quatro idosos de 64, 75, 78 e 82 anos. Todos pacientes tinham quadro de comorbidades e as mortes foram registradas entre 17 de janeiro e 13 de abril. A 16ª RS não divulga as cidades de origem desses pacientes.

A manutenção do crescimento de casos da doença mesmo com a chegada das temperaturas mais amenas tem gerado alerta em todo estado. O informe semanal da dengue apontou mais 5.767 casos da doença no Paraná. Com isso, os dados do novo ano epidemiológico 2025 totalizam 147.531 notificações, 42.802 diagnósticos confirmados e 33 óbitos em decorrência da dengue no Estado. Além de Apucarana, a Sesa registrou outra morte por dengue em Toledo, na região Oeste do Estado. Trata-se de um homem de 75 anos, com comorbidades, que morreu em abril.

“A confirmação de mais de 5 mil casos de dengue nesse momento de diminuição de temperatura é preocupante. Infelizmente já estaríamos com os números diminuindo, mas eles ainda se mantém”, comenta o secretário de Saúde, Beto Preto.

O secretário destaca que a Sesa deu início a aplicações de fumacê em vários municípios, mas o trabalho de eliminação manual dos focos do mosquito continua sendo fundamental no controle da doença. “Quero aproveitar para dizer que continuamos trabalhando com atenção e também quero pedir as equipes municipais que façam combate aos focos locais. Aproveitar esse momento do fumacê para fazer contato mais próximo dos focos e removê-los”, comenta.

Apucarana tem baixo índice de positivação, diz AMS

Ao comentar o caso, o secretário de Saúde de Apucarana, Guilherme de Paula, reforçou que a administração tem adotado várias estratégias de combate à dengue em ações coordenadas entre várias secretarias. Ele elenca a realização de mutirões de limpeza, a implantação do Pronto Atendimento da Dengue 18 horas, aplicação do fumacê e instalação de 427 pontos de ovitrampas para monitorar a população do mosquito. “Todo este trabalho que integra a campanha “Operação Guerra contra a dengue” tem garantido o controle da doença no município, tanto é que no atual estágio, que revela crescimento da dengue em todo o Paraná, Apucarana mantém o menor índice de casos positivados entre os municípios da região”, diz.

Segundo último balanço Sesa, Apucarana registra 803 casos confirmados e 4.685 notificações. Em comparação ao número de notificações, o número de casos positivos é de 17%. Em Maringá, cita o secretário, 28% dos casos foram positivados. “A ampliação na notificação dos casos tem sido uma estratégia fundamental para um controle mais eficaz da doença. O município organizou um sistema de informação que permite a geração dos dados das notificações logo após a inserção do CID de dengue, o que minimiza a subnotificação e agiliza o processo para os servidores responsáveis”, explica o secretário.