ECONOMIA

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Mercado financeiro reduz projeção de inflação para 5,17% em 2025

(via Agência Brasil)

| Edição de 14 de julho de 2025 | Atualizado em 14 de julho de 2025

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O mercado financeiro está mais otimista em relação à inflação no Brasil. Pela sétima semana consecutiva, as projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – a inflação oficial do país – continuam a cair. Segundo o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (14), em Brasília, a expectativa é que o ano termine com uma inflação de 5,17%.

Na semana passada, a previsão era de 5,18% para o ano. Há quatro semanas, o mercado projetava uma inflação de 5,25%. Para os anos seguintes, as expectativas permanecem estáveis, com 4,5% em 2026 e 4% em 2027.

A estimativa para 2025 está acima do teto da meta de inflação que o Banco Central deve perseguir. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior, 4,5%.

PIB e dólar

As projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todas as riquezas produzidas no país – se mantiveram estáveis para 2025, com um crescimento de 2,23%. Para 2026, o mercado está mais otimista do que na semana passada, aumentando as expectativas de crescimento de 1,86% para 1,89%. Para 2027, projeta-se um PIB de 2%.

Em relação ao câmbio, o Boletim Focus revisou para baixo as expectativas de cotação do dólar. O mercado projeta que, ao final de 2025, a moeda norte-americana custará R$ 5,65. Na semana passada, a projeção era de uma cotação de R$ 5,70 ao final do ano. Há quatro semanas, as expectativas estavam em R$ 5,77.

O mercado financeiro também revisou para baixo as expectativas de cotação para o final de 2026, de R$ 5,75 (divulgada na semana passada) para R$ 5,70. É a terceira semana seguida de queda nas expectativas de cotação. Para o final de 2027, a projeção é de que a moeda norte-americana estará cotada a R$ 5,71.

Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central utiliza como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

As expectativas do mercado financeiro para a Selic se mantêm em 15% ao ano há três semanas. Para os anos subsequentes, a taxa permanece estável em 12,50% para 2026 e em 10,50% em 2027.

Em ata, o Copom informou que deverá manter os juros no mesmo patamar nas próximas reuniões, enquanto observa os efeitos do ciclo de alta da Selic sobre a economia. No entanto, não descartou mais aumentos, caso a inflação suba.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, o que impacta nos preços, pois os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Contudo, além da Selic, os bancos consideram outros fatores ao definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, incentivando a produção e o consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.



Com informações da Agência Brasil