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Assassinato em boate tem relação com caso Cíntia, afirma Polícia Civil

Da Redação

| Edição de 22 de dezembro de 2025 | Atualizado em 22 de dezembro de 2025

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A Polícia Civil de Apucarana prendeu, no último sábado (21), o homem suspeito de ser o mandante da execução de Dominique Silva, de 27 anos, morto a tiros no dia 14 de dezembro em uma boate de Apucarana. 

O detido é irmão de Cintia Cristina Silveira da Costa, a costureira desaparecida no último dia 25 de março, e teria ordenado o crime como uma forma de vingança e tentativa de “fazer justiça com as próprias mãos”, segundo o delegado operacional da 17ª SDP, Ricardo Monteiro.

O suspeito foi interceptado por equipes de inteligência e homicídios na Rua Ponta Grossa enquanto dirigia um Chevrolet Vectra. Segundo a polícia, ele possui uma extensa ficha criminal; 

As investigações apontam que Dominique foi morto por ter sido testemunha no inquérito do desaparecimento de Cíntia, sendo uma das últimas pessoas a vê-la com vida na mesma boate onde foi executado. Segundo o delegado, a vítima foi perseguida, alvejada pelas costas e recebeu um tiro de misericórdia na nuca. O carro utilizado pelos executores já havia sido apreendido pela polícia na quarta-feira. 

Segundo o delegado, o irmão de Cíntia estava insatisfeito com o andamento das investigações sobre o sumiço da costureira. Ele teria chegado a afrontar a Delegada da Mulher, Luana Lopes, estabelecendo um “prazo” até dezembro para a solução do caso. O suspeito ameaçou que, caso a polícia não desse uma resposta, ele iniciaria uma onda de homicídios e sequestros.

“A polícia não vai aceitar esse tipo de afronta. Estamos trabalhando diuturnamente e não toleraremos quem tente fazer justiça pelas próprias mãos”, afirmou Monteiro, reforçando que a prisão serve de aviso para quem tentar burlar o sistema legal.

A polícia esclareceu ainda que, embora o homicídio de Dominique tenha ocorrido na mesma semana em que bombeiros intensificaram buscas em fossas de uma residência, o assassinato não tem ligação com o local das buscas, mas está diretamente atrelado ao desaparecimento em si. As investigações continuam para localizar a costureira e prender os executores materiais do homicídio de Dominique. Denúncias podem ser feitas anonimamente pelo 181, 197 ou 190.