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Atendimentos de quedas de idosos têm aumento de 28%

Cindy Santos

| Edição de 26 de junho de 2025 | Atualizado em 26 de junho de 2025

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O número de idosos atendidos pelo Corpo de Bombeiros, após sofrerem queda, cresceu 28% neste ano em Apucarana. Foram 73 ocorrências do tipo envolvendo pessoas com mais de 60 anos, registradas entre janeiro até ontem, contra 57 no mesmo período do ano passado. Entre as principais causas estão escorregões, tropeços, passos em falso e episódios de desequilíbrio. Os dados são do Sistema de Estatísticas de Ocorrências do Corpo de Bombeiros do Paraná (SYSBM Imprensa) e incluem casos classificados como queda de mesmo nível, que são diferentes de quedas de plano elevado.

As ocorrências envolvendo quedas de idosos correspondem a metade dos atendimentos registrados neste tipo de acidente no ano, com um total de 147 pessoas socorridas pela corporação. O número total de atendimentos supera o ano passado em 13%, quando 129 pessoas atendidas pela corporação após sofrerem o mesmo tipo de acidente.

A tenente Ana Paula Zanlorenzi, do Corpo de Bombeiros, não identifica uma causa específica que justifique o aumento neste tipo de acidente, classificado como queda de mesmo nível, quando o acidente acontece em locais sem desníveis ou degraus.

“Somos acionados quando há dano maior, um ferimento, por exemplo. Temos registros de pessoas que caem em casa, em estabelecimentos comerciais ou em via pública. Geralmente, as pessoas relatam que tropeçaram, que sentiram tontura e caíram, além dos casos de pessoas embriagadas que também acabam sofrendo quedas”, comenta.

A tenente destaca que idosos são especialmente vulneráveis a esses acidentes e recomenda cuidados simples para prevenir. “Evitar o uso de tapetes que fiquem soltos em casa, ou outros objetos que possam atrapalhar o caminho, causando uma queda. Ao andar na rua, utilizar materiais que sirvam de apoio e tornem a caminhada mais firme, como bengalas e andadores”, orienta.

PARANÁ

Dados do Sistema de Informações Hospitalares do Ministério da Saúde (SIH/SUS), mostram que o Paraná registrou 12.024 internações por quedas entre pessoas com 60 anos ou mais, em 2024. Em apenas quatro meses de 2025, já foram contabilizadas 3.914 internações. As mortes também são preocupantes: 425 idosos perderam a vida em 2024 e outros 134 morreram de janeiro a abril deste ano em decorrência dessas ocorrências. Os números alarmantes foram divulgados nesta semana, em alusão ao Dia Mundial de Prevenção de Quedas, celebrado na última terça-feira (24/6).

Em 2024, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) atenderam 16.985 chamadas por quedas envolvendo pessoas idosas. Até meados de junho de 2025, já foram 8.372 atendimentos, sendo a maioria por queda de mesmo nível.

Na Atenção Primária à Saúde (APS), foram 3.535 atendimentos por queda em 2024, e 1.435 apenas nos primeiros quatro meses de 2025, o que já representa mais de 40% do total do ano anterior.