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Auditoria da Caixa libera obras do futuro hospital municipal

Da Redação

| Edição de 19 de maio de 2025 | Atualizado em 19 de maio de 2025

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O prefeito Rodolfo Mota (União Brasil) informou, durante entrevista coletiva, que a Caixa Econômica Federal (CEF) deu parecer favorável para liberação das obras do prédio do Hospital de Apucarana (H.A). O município contratou a instituição para emissão de um parecer técnico, que foi divulgado oficialmente ontem. Apesar disso, Rodolfo assinalou que o município não tem recursos para o local funcionar como hospital.

A obra foi entregue em março pela construtora, mas o município contratou a Caixa para assegurar que a construção foi feita de forma adequada. A empresa S3 Gestão em Saúde, que venceu licitação do hospital para gerenciar o funcionamento, já havia assumido o Hospital de Apucarana, mas desocupou o local a pedido da atual gestão. Agora, o contrato assinado com a Prefeitura será rediscutido pelo município.

Rodolfo acrescentou que o trabalho da Caixa foi realizado em pouco mais de um mês. “Tem alguns pequenos ajustes de acabamento, mas creio que dentro de 20 ou 30 dias a obra deve ser liberada para a Autarquia Municipal de Saúde definitivamente para que a gente possa dar ali algum uso para aquele espaço”, disse o prefeito.

O prefeito afirmou que a prefeitura vai começar a pensar como utilizar o espaço e frisou que a prioridade é socorrer as pessoas que aguardam até quatro anos por uma cirurgia. “Estamos agora realizando mutirões com cirurgias em outros hospitais para tiras as pessoas da fila por uma cirurgia. Quanto ao prédio, não vamos deixá-lo ocioso. Já estamos, de forma temporária, utilizando alguns espaços do térreo como Pronto Atendimento 18 Horas da Dengue, e temos muitos serviços prestados pela AMS que poderão ser destinados para o prédio para melhor atender a comunidade até que se defina uma maneira de operacionalização do local efetivamente como hospital”, disse Mota.

Segundo Rodolfo, o município não recursos para a finalidade anunciada originalmente. “Isso custa em torno de um R$ 1,5 milhão ou até R$ 2 milhões e vocês sabem a situação em que a Prefeitura se encontra”, assinalou, fazendo referência às dificuldades financeiras do município.

“Nós estamos pagando, de um único financiamento, quase R$ 1 milhão por mês. Temos ainda mais R$ 150 milhões de INSS dos nossos professores e servidores que não foram pagos para a gente negociar com o INSS. Então, pegamos a situação financeira do município em uma situação muito difícil e a nossa prioridade na saúde nesse momento é chamar aquelas pessoas que estão há 3 ou 4 anos aguardando uma consulta com um especialista, aguardando uma ressonância, uma endoscopia, uma colonoscopia... Por isso, o nosso esforço de fazer os mutirões que nós temos feito aos finais de semana. Nesse primeiro momento, os recursos da Autarquia de Saúde estão sendo colocados para a gente diminuir essas filas e esse sofrimento”, disse.