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Cafeicultores de Lidianópolis aderem à colheita mecanizada

Da Redação

| Edição de 16 de maio de 2025 | Atualizado em 16 de maio de 2025

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Os cafeicultores de Lidianópolis estão dando um novo passo na modernização da lavoura. Na safra deste ano, uma colhedeira agrícola passou a ser usada para reduzir custos e a dependência de mão de obra. O maquinário foi adquirido pela prefeitura com recursos de emenda parlamentar do deputado Diego Garcia (Republicanos) e repassado à Associação de Produtores de Café de Lidianópolis (Aproli).

Segundo Marcos Leite, presidente da associação, essa é a primeira vez que a comunidade usa uma colheitadeira automática. Três operadores foram treinados, o presidente, o vice e o tesoureiro. A própria equipe está conduzindo o trabalho para evitar gastos extras com mão de obra.

A hora de trabalho da colheitadeira custa R$ 450 para os associados. À primeira vista, o valor parece alto, mas Marcos garante que compensa. “Ontem mesmo colhi 250 sacas em cinco horas. Saiu a R$ 9 por saca. Se fosse na mão, sairia entre R$ 35 e R$ 40”, afirmou. Além da economia, a máquina também traz agilidade. O que antes exigia 25 pessoas trabalhando o dia inteiro, agora é feito em poucas horas.

Neste primeiro momento, nem todos os cafeicultores devem ser atendidos pela máquina, já que algumas lavouras não têm o espaçamento ideal, o que limita o uso. O equipamento exige linhas de plantio com pelo menos 3,5 metros de largura e distância de até 70 centímetros entre plantas. No entanto, com a chegada da tecnologia, muitos estão adaptando suas lavouras, fazendo o replantio.

Mesmo antes da chegada do maquinário, muitos produtores já demonstravam interesse em ampliar suas lavouras. Só neste ano, o viveiro municipal distribuiu 55 mil mudas, e a demanda superou a oferta. A expectativa da associação é mecanizar até 60% da cafeicultura local nos próximos anos.

Segundo o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, o engenheiro agrônomo Lucas Schainhuk, a mecanização resolve um dos principais entraves da atividade, a escassez de mão de obra. “A cafeicultura vinha perdendo espaço. A mão de obra está cara e escassa. A colheitadeira veio para resolver isso”. A colheitadeira custou R$ 820 mil, com R$ 20 mil de contrapartida da prefeitura.