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Cisvir vai implantar teste do pezinho ampliado no SUS para recém-nascidos

Cindy Santos

| Edição de 20 de dezembro de 2024 | Atualizado em 20 de dezembro de 2024

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A partir do próximo ano, o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ivaí e Região (Cisvir), com sede em Apucarana, passará a disponibilizar o teste do pezinho ampliado para os 18 municípios de sua área de abrangência. O projeto, lançado na tarde desta sexta-feira (20), foi viabilizado com recursos de R$ 690 mil via Itaipu Binacional e contrapartida de R$ 200 mil dos municípios consorciados, e prevê a realização de 5 mil diagnósticos por ano em crianças nascidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na sua área de abrangência.

O teste é realizado de maneira abrangente e amplia de 6 para 34 o número doenças detectadas que afetam os recém-nascidos. O diagnóstico de algumas destas doenças, por meio de programas de triagem neonatal, oferece a possibilidade de alterar o curso da doença e prevenir ou reduzir a morbidade e mortalidade infantil.

“O teste é uma triagem de recém-nascidos para a gente detectar uma possível doença que não apresenta sintomas naquele momento. São doenças raras, até certo ponto. Não são doenças comuns que acometem crianças frequentemente”, explica o pediatra Luiz Carlos Busnardo.

Além da importância do exame, Busnardo também ressalta o pioneirismo do projeto no sistema público. “Esse tipo de exame ampliado no SUS é pioneiro no Brasil”, enfatiza. A previsão é que o teste do pezinho ampliado comece já no início do próximo ano.

O projeto foi desenvolvido pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) campus de Jandaia do Sul, e os materiais coletados serão encaminhados ao Laboratório Fenn de Espectrometria de Massas (Labfenn) da instituição de ensino. O professor da UFPR Eduardo Cesar Meurer conta que esse projeto foi idealizado há mais de 20 anos e se concretizou nos últimos quatro anos.

“Agora a gente recebeu o equipamento principal (espectrômeto de massas) e reagentes, assim vamos poder começar os testes com as crianças. É um teste muito importante porque são doenças consideradas raras. Mas para as famílias é algo destruidor. Essa é a nossa motivação, de alguma forma ajudar nosso país”, destaca.

O presidente do Cisvir e prefeito de Mauá da Serra, Hermes Wicthoff, destacou que o projeto foi viabilizado com investimento de quase R$ 700 mil via Itaipu Binacional, com contrapartida de R$ 200 mil dos municípios da área de abrangência do Cisvir.

“Todos os 18 prefeitos compraram a ideia e agradeço essa parceria. Eles aceitaram colocar a contrapartida que será dividida e, a partir do próximo ano, cada município pagará uma taxa por criança testada”, salienta.

“É uma alegria muito grande encerrar minha gestão no Cisvir e entregar com chave de ouro e cabeça erguida com os testes ampliados que vão melhorar a vida da nossa região inteira e com a ampliação do Cisvir de R$ 14 milhões que será construído ano que vem”, destacou.