Há 40 anos, Nivaldo Mateus, de 62 anos, tem como rotina acordar de madrugada quase todos os dias e por a mão na massa. Proprietário de uma padaria em frente ao Cemitério Cristo Rei em Apucarana, ele fala sobre a produção diária do “pãozinho nosso de cada dia”.
Com mais de 6 mil anos de história, o pão é um alimento que atravessou culturas e evoluiu ao longo dos séculos, tornando-se indispensável. Tanto que tem até um dia comemorativo, 16 de outubro. Na padaria do Nivaldo, são produzidos cerca de 4 mil pães franceses por dia, o carro-chefe do estabelecimento. Além disso, ele oferece uma variedade de outros produtos, como pães caseiros, sovados e doces.
Nivaldo relembra os tempos em que tudo era feito manualmente e comenta sobre a modernização que trouxe praticidade ao trabalho. “Hoje, as massas já vêm preparadas, o que facilita bastante, mas a dedicação e o carinho continuam os mesmos”, destaca o padeiro.
Apesar da longa jornada, Nivaldo encontra gratificação no reconhecimento dos clientes. Mesmo acostumado ao aroma do pão fresco, ele confessa sua preferência: “Eu gosto mesmo é do pão amanhecido. Muitos preferem o pão quentinho, mas eu sou do time do pão de um dia para o outro”.
Nivaldo conclui a entrevista orgulhoso de sua trajetória e da importância do pão para a vida dos brasileiros. “É um trabalho que exige amor e dedicação, e isso faz toda a diferença”, diz.
O setor de panificação desempenha um papel importante na economia do Paraná. O estado é responsável por 7% da produção nacional de pães, com 2.230 padarias ativas, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2023, gerando mais de 15.700 empregos. (LIS KATO)