A geração de empregos formais avançou na região. De janeiro a agosto deste ano foram criados mais de 4,6 mil postos de trabalho com carteira assinada em 27 municípios, saldo 48% maior que o ano passado quando foram gerados 3,1 mil empregos no mesmo período. O saldo - diferença entre as admissões e demissões - também supera em 138% o acumulado do ano passado que fechou em 1,9 mil empregos. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Os setores que mais contrataram foram a indústria com 2,3 mil vagas - mais da metade dos postos de trabalho na região - e o setor de serviços com 1,7 mil empregos. O saldo regional também é composto pelas vagas da construção civil (242), comércio (142) e agropecuária (108).
Arapongas é o maior gerador de empregos da região com 2 mil vagas criadas sobretudo pela indústria (1,3 mil) e setor de serviços (796). A construção civil fechou com 55 postos de trabalho enquanto o comércio e a agropecuária extinguiram 136 e 30 vagas respectivamente. São mais de 38,4 mil funcionários no mercado formal da cidade.
O segundo maior saldo de empregos é o de Apucarana com 1,1 mil vagas provenientes da indústria (640), serviços (294), comércio (139), construção civil (43) e agropecuária (18). O município conta com mais de 34,9 mil trabalhadores com carteira assinada.
Jandaia do Sul é o terceiro maior empregador, com saldo de 438 vagas, a maioria aberta pela indústria (370), serviços (59) e construção civil (37). O município perdeu vagas na agropecuária (-11) e no comércio (-17).
Segundo o economista Rogério Ribeiro, professor da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), o bom desempenho regional é reflexo do forte dinamismo vivenciado pelo mercado de trabalho nacional, que supera as expectativas e surpreende os analistas.
“Parte deste dinamismo é efeito do desempenho da economia que, apesar dos juros elevados, está apresentando uma tendência de crescimento bem acima das expectativas iniciais. Se no país, de forma geral, o mercado de trabalho está com saldos positivos com tendência de alta no estado do Paraná, que apresenta uma expectativa de crescimento econômico acima da média nacional, o dinamismo no mercado de trabalho é ainda maior. O mesmo podemos considerar para nossa região, que está apresentando um aumento tanto no acumulado em 12 meses quanto no acumulado do ano”, analisa.
Com o aquecimento da economia, aumenta a demanda das empresas, sobretudo no setor industrial. “É natural que com o aquecimento da economia ocorra um maior volume de pedidos de reposição de estoques por conta de um melhor desempenho do comércio. Com isso o volume de atividade no setor industrial é acompanhado de um maior volume de empregos. Neste caso, no acumulado do ano o setor industrial regional liderou a geração de empregos com destaque para a indústria moveleira que foi responsável por 43% dos saldos líquidos de empregos industriais no período analisado”, destaca o economista.
AGOSTO
Agosto fechou com saldo de 768 postos de trabalho na região gerados pela indústria (428), serviços (202) e comércio (140). Perderam vagas a agropecuária (-1) e a construção civil (-1). Os municípios que mais criaram vagas foram Arapongas (470), Apucarana (130) e Ivaiporã (52). O saldo de agosto é 25% maior que o do ano anterior no mesmo período.
Paraná é terceiro do Brasil em empregos
Com 137.572 vagas, o Paraná foi o terceiro estado do País e o primeiro da Região Sul que mais gerou novos postos de trabalho em 2024 no acumulado entre janeiro e agosto. O resultado é a diferença entre as 1.390.072 admissões e 1.252.500 desligamentos no período. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O Paraná ficou atrás somente de São Paulo (441.076) e Minas Gerais (188.293) no acumulado do ano, estados bem mais populosos. Os setores que mais contrataram no Paraná foram o de serviços, com saldo de 70.119, seguido pela indústria (34.342), construção (17.030) e comércio (15.271). Na agropecuária foram 816 novos postos de trabalho criados. Entre os subsetores, o de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas foi o com maior número de postos gerados, com saldo de 34.299.