Equipes da Defesa Civil, em conjunto com o Corpo de Bombeiros, estão há mais de 10 dias atuando no combate de um incêndio que atinge o aterro sanitário de Jandaia do Sul. O fogo teve início em 12 de agosto e chegou-se a divulgar que havia sido controlado, mas as chamas se mantém no local. O trabalho das equipes se concentra em evitar que o fogo se alastre e atinja uma área de mata nativa, tomando grandes proporções.
A tenente Ana Paula Zanlorenzi, do Corpo de Bombeiros, explica que o incêndio em aterros sanitários é particularmente difícil de combater devido à sua natureza. O lixo acumulado libera gases inflamáveis, especialmente o gás metano, gerado pela decomposição do lixo, fazendo com que o fogo queime não apenas na superfície, mas também em camadas profundas do aterro.
Segundo a tenente, essa queima interna é a principal razão para o combate prolongado. O fogo continua a se realimentar de material combustível e do metano, causando pequenas explosões e novas “ignições”, explica.
“Não basta só combater jogando água por cima, porque o fogo continua queimando em profundidade”, explica.
No início da ocorrência, o principal objetivo das equipes era evitar que o incêndio atingisse a mata nativa. Para isso, foi crucial a criação de aceiros, faixas de proteção sem vegetação, que serviram como uma barreira para proteger a mata.
“Essa ocorrência já está perdurando por vários dias porque o foco principal era isolar essa área que está em chamas para que não atingisse a área de mata ali próxima, porque, além do próprio incêndio no aterro, teríamos um incêndio ambiental de grandes proporções”, explica.
As equipes estão usando maquinário pesado da prefeitura para movimentar o lixo e abrir valas. Segundo a tenente, essa técnica permite que a água chegue aos focos mais profundos, resfriando o material e controlando as chamas que queimam por baixo da superfície.
Ontem, todo o efetivo da Defesa Civil com apoio de caminhões-pipa da Jamel, Cooperval e Prefeitura Municipal de Jandaia do Sul atuaram no local. (CINDY SANTOS)